"Achei que ia morrer", declara jovem salvo de afogamento em Bertioga

A luta de dois jovens contra a forte correnteza em Bertioga teve final feliz graças a ação do Corpo de Bombeiros na manhã de domingo, 7. Thiago Maciel, 16, Gabriela Barreira, 21, e Roni Galdino, 26, passaram por momentos desesperadores ao entrarem no mar da praia da Enseada, no trecho do bairro Vista Linda. "Lutei contra o mar por uns 10 minutos, achei que ia morrer", relatou Thiago em entrevista ao Sistema Costa Norte de Comunicação.

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Segundo o adolescente, ele e mais quatro amigos teriam vindo de Guarulhos para Bertioga para comemorar o aniversário de uma amiga. "A gente tava muito ansioso pra ir pra praia, pra mergulhar. Então eu e a Gabi fomos nadar, ficamos com água no umbigo, só que tinha umas ondas vindo e continuamos pulando as ondas e indo mais longe. Quando percebemos, a água já estava no nosso peito, indo pro nosso pescoço, aí veio uma onda muito grande que passou a nossa cabeça. A Gabi gritou pra gente sair, mas já era tarde", disse Thiago.

O jovem explicou que perdeu as forças enquanto lutava para não submergir e Roni, que vinha atrás deles, conseguiu sair da água e buscar ajuda. "O Roni tava perto da gente, mas com uma distância de uns 5 metros. Ele saiu, chamou ajuda e decidiu voltar com os salva-vidas. A Gabi agarrou no Roni e os dois afundaram, então os bombeiros acabaram salvando nós três", explicou.

Para Gabriela, se não fossem os bombeiros, ela estaria morta. "Foi desesperador, achei que minha vida ia acabar ali. O bombeiro veio com a boia, salvou a gente. Se não tivesse os bombeiros lá eu com certeza não estaria aqui. Eu já estava ficando fraca de lutar contra o mar. O Corpo de Bombeiros foi maravilhoso, resgatou a gente o mais rápido que pôde e ainda acompanhou a gente até o hospital".

Thiago, que foi a vítima mais grave, desmaiou após o socorro e foi medicado no Hospital de Bertioga. Já Gabriela e Roni ficaram conscientes e não precisaram ser medicados.

O profissional que participou de todo o resgate é o guarda-vidas temporários David Farias, de 22 anos. Ele conta que tinha uma corrente de retorno no local em que as vítimas estavam. "A gente ouviu os gritos e correu pro mar. Eu consegui chegar primeiro que os outros, peguei os três. Passei o flutuador na primeira vítima, o companheiro dela ficou abraçado com ela no flutuador e busquei o rapaz que estava mais longe, sozinho. Nisso chegou o apoio dos meus amigos de trabalho e conseguimos tirar todos".

Ele reforçou a importância do salvamento ostensivo nas praias. "Esse reconhecimento reforça a importância do nosso trabalho. Acho que precisamos de um efetivo fixo de salva-vidas na cidade", destacou.