Em ofício enviado à Secretaria de Segurança Pública, órgão também solicita preservação de provas e afastamento de policiais envolvidos em mortes que chegam a 16
A Defensoria Pública de São Paulo solicitou a interrupção imediata da operação policial em Guarujá em ofício enviado à Secretaria de Segurança Pública (SSP) nesta quarta-feira (2). O órgão também pede que os PMs envolvidos em mortes sejam temporariamente afastados das ruas.
Com quase 600 agentes, a Operação Escudo foi deflagrada na noite de quinta-feira (27), em Guarujá, horas após o assassinato do soldado das Rondas Ostensivas Tobias Aguiar (Rota) Patrick Bastos Reis. Ontem, a ação foi estendida a Santos após ataques de criminosos contra policiais na cidade. Até agora, ações policiais nas duas cidades resultaram na morte de 16 pessoas.
No pedido de interrupção, a Defensoria Pública também diz que, caso haja alguma excepcionalidade que justifique a continuidade da operação, o governo do estado deve solicitá-lo por escrito ao Ministério Público (MP), identificando os responsáveis pelo comando da operação.
O órgão também solicita que haja cuidado com a preservação de provas e que sejam utilizadas câmeras corporais no uniforme de todos os agentes da Polícia Militar (PM) em ação.
Na segunda-feira, o governador Tarcísio de Freitas (Republicanos) negou denúncias de tortura e execuções nas ações que levaram às oito mortes contabilizadas até então em Guarujá. Na ocasião, ele também anunciou que a operação deve continuar até 28 de agosto.
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