Projeto é realizado desde 2018 e, em 2024, terá oito sessões gratuitas entre abril e dezembro; filmes tem como base assuntos atuais
Um projeto realizado em Ilhabela, no litoral norte, tem por objetivo promover a exibição e o debate de filmes documentais brasileiros contemporâneos. O Cineclube Citronela é realizado desde 2018 e, em 2024, terá oito sessões gratuitas entre abril e dezembro.
O evento conta com convidados locais e representantes dos filmes, como diretores, produtores ou editores. As exibições acontecem no Espaço Cultural Pés no Chão, na Barra Velha .
São documentários recentes, em alta no mercado audiovisual do país, e que tem como base assuntos atuais e que se relacionem com Ilhabela de alguma forma. Temas como diversidade, cultura, música, sustentabilidade, democracia, respeito aos povos originários e conservação da natureza estão entre os debates promovidos pelas sessões.
A expectativa, segundo a organização do projeto, é que, em pelo menos uma das sessões,haja a exibição de um filme produzido no litoral norte com o objetivo de fortalecer o circuito audiovisual na região. Além disso, em metade das oito sessões, um integrante da equipe deve participar presencialmente de um debate.
O Cineclube Citronela é uma iniciativa do Citronela Doc - Festival de Documentários de Ilhabela, cuja quarta edição acontecerá em novembro deste ano. O evento já se consagrou como relevante no calendário cultural da cidade. A curadoria para o Cineclube será feita associada à dos filmes do festival, de modo que a programação do Cineclube complemente os filmes do Citronela Doc. O Cineclube está sendo realizado por da Lei Paulo Gustavo.
O primeiro filme a ser exibido pelo Cineclube é “Aquilo Que Eu Nunca Perdi”, dirigido por Marina Thomé, no dia 26 de abril, às 18h. O documentário foi eleito o melhor filme da edição 2021 do In-Edit Brasil – Festival internacional do Documentário Musical. Segundo o júri, o filme “articula todas as dimensões da personagem em uma narrativa enxuta e criativa, que flui entre o registro íntimo e o material de arquivo, o presente e a memória, o corriqueiro e o intangível, sem nunca perder o ritmo.”
Todos os filmes exibidos serão legendados e os debates terão tradução para libras. O Espaço Cultural Pés no Chão possui acessibilidade para pessoas com mobilidade reduzida, possibilitando um acesso amplo e gratuito às atividades culturais propostas.
Nascida no interior do Mato Grosso do Sul, Alzira E começou a carreira musical com seus irmãos, Tetê e Geraldo Espíndola, até emigrar para São Paulo nos anos 80, onde construiu uma sólida carreira como compositora e intérprete com parceiros como Itamar Assumpção e Ney Matogrosso. Hoje, aos 65 anos, Alzira lidera uma banda de rock. A exibição será seguida de um debate com o tema “a arte como alimento da alma”, com a participação da produtora cultural Tina Brunceck e do ator e professor de teatro Egberto Cunha.
Mulheres na Conservação lança um olhar delicado e sensível sobre a vida e o trabalho de sete heroínas da luta ambiental. O documentário faz um recorte desse universo feminino que está à frente de ações e estudos sobre conservação e meio ambiente no Brasil.
A intimidade de vida e arte do casal Conceição e Orlando Senna, um romance que se confunde com a história do seu tempo. Juntos eles participaram da construção do Cinema Novo, Cinema Marginal, da Escola de Cinema de Cuba e da retomada do cinema brasileiro. Uma história de amor entrelaçada com a cultura brasileira e latino-americana dos últimos 50 anos.
A partir do registro de sua gravidez, a diretora Eliza Capai conversa com outras mulheres que tiveram vivências parecidas com a sua, criando um potente e tocante coral de vozes que refletem sobre temas universais: vida, morte, luto e políticas públicas que nos afetam.
Estéfani Braz
Formada em Comunicação Social na Faculdades Integradas Teresa D'Ávila