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Santos 478 anos: conheça a história de Braz Cubas

Em 1546, Braz Cubas elevou o povoado existente da região do Outeiro de Santa Catarina à categoria de Vila e também transferiu o porto para o centro

Redação
Publicado em 26/01/2024, às 15h05 - Atualizado às 15h53

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Estátua de Braz Cubas fica na praça da República, no centro histórico de Santos - Francisco Arrais/Fams
Estátua de Braz Cubas fica na praça da República, no centro histórico de Santos - Francisco Arrais/Fams

Ao comemorar 478 anos nesta sexta-feira, 26 de janeiro, Santos revisita o início da sua história, em 1546, quando o português Braz Cubas elevou o povoado existente na região do Outeiro de Santa Catarina, à categoria de Vila. Era o início do centro histórico, que cresceu às margens de um porto ainda tímido.

Braz Cubas foi fundamental na trajetória de pioneirismo e crescimento de Santos: criou a primeira Santa Casa de Misericórdia das Américas e transferiu o porto, da região da Ponta da Praia, para o centro da vila, por entender que ali seria mais seguro, contra possíveis ataque de piratas.

Segundo o historiador Dionísio Almeida, da Fundação Arquivo e Memória de Santos, Braz Cubas foi empreendedor, desbravador e um dos homens mais respeitados da época colonial, na região. Filho de João Cubas e de Isabel Nunes, nasceu na cidade do Porto, em Portugal, em 1507. Fidalgo da Casa Real, chegou ao litoral paulista em 1532, junto com Martim Afonso de Sousa, para iniciar a colonização.

Realizações

Capitão-mor da capitania de São Vicente, da qual foi, por duas vezes, governador, em 1551 Braz Cubas foi nomeado, por dom João III, provedor e contador das rendas e direitos da capitania. No ano seguinte, fez erguer o forte de São Filipe da Bertioga, na ilha de Santo Amaro. Participou, com destaque, da defesa da capitania contra os ataques dos índios tamoios, aliados aos franceses.  Mais tarde, por ordem do terceiro governador-geral do Brasil, Mem de Sá, realizou expedições pelo interior da região, em busca de ouro e prata.

Fundou também o povoado de Mogi das Cruzes, no ano de 1561, e participou da fundação da Vila de São Sebastião do Rio de Janeiro, em 1567. Em Santos, doou um terreno para a construção da casa e capela dos jesuítas, próximo à antiga alfândega, em 1569 e, em São Paulo, cedeu as terras nas quais, em 1594, seria erguido o Convento do Carmo.

Homenagens

Braz Cubas morreu em março de 1592, na sua cidade natal, segundo a Wikipédia. Teve três filhos, Isabel, Jerônima e Pedro Cubas. “Diz a lenda que seus restos mortais estão enterrados sob a sua estátua, na praça da República, no centro histórico, mas não temos documentos que comprovem isso”, destaca o historiador da Fams. “Pelos relatos, antes, seus restos mortais estavam na Igreja do Rosário dos Homens Brancos, demolida em 1908, que ficava bem perto da área do monumento em homenagem a Braz Cubas”.

Quadro de Braz Cubas
Tela com o retrato de Braz Cubas, do acervo da Santa Casa de Santos - Divulgação/Prefeitura de Santos

Além do monumento, o fundador batiza uma das ruas principais do centro histórico de Santos e empresta seu nome ao Teatro Municipal. Ele está retratado em tela, que ocupa lugar de destaque no acervo da Santa Casa de Santos, no terceiro andar. Já a tela Leitura do Foral de Vila, de Benedicto Calixto, encontra-se no Museu do Café, também em Santos.

Tela mostra início da Vila de Santos
Tela de Benedito Calixto denominada Leitura do Foral de Vila -  Divulgação/Prefeitura de Santos

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