Tecnologia permite cobrança automática por distância percorrida, reduz custos e deve ser implantada em trechos das estradas Mogi-Dutra e Mogi-Bertioga. Movimento Pedágio Não se posiciona contra proposta
Da redação
Publicado em 06/05/2023, às 14h41 - Atualizado às 14h41
O governador Tarcísio de Freitas (Republicanos) anunciou recentemente a implantação do sistema de pedágio de fluxo livre nas rodovias do estado de São Paulo, que será instalado nas rodovias Mogi-Dutra e Mogi-Bertioga, com acesso à cidade. Isso reacendeu as discussões na região após intensa mobilização e ação judicial contra a instalação de praças de pedágio nas rodovias, conforme previsto anteriormente na concessão cancelada do Lote Litoral em dezembro de 2021, que teve seus estudos retomados em janeiro de 2023. O Pedágio Não ( Sem Pedágio) já se posicionou contra a proposta.
O novo sistema, dotado de tecnologia de ponta e conhecido como pedágio automático, opera por meio de portagens instaladas nas vias e permite que o motorista pague o pedágio correspondente com base na distância percorrida em quilômetros nessas localidades.
De acordo com o Governo do Estado, as duas rodovias de acesso a Mogi das Cruzes fazem parte de um pacote de rodovias estaduais que passarão por processos de concessão no âmbito do Programa de Parcerias de Investimentos do Estado de São Paulo (PPI-SP).
"O Governo de São Paulo estabeleceu como uma de suas metas para os próximos anos a implantação do sistema de livre circulação nas rodovias estaduais. O método consiste em um sistema de livre circulação de veículos sem necessidade de praças de pedágio e cobrança automática de pedágio por meio de barreiras , que aumenta a velocidade média das deslocações e reduz custos para os operadores e utentes dos serviços, com portagens mais justas", refere um comunicado da Secretaria de Estado de Parcerias e Investimentos, em resposta a indagações deste jornal.
A secretaria informou ainda que já foram encomendados estudos para avaliar a viabilidade e modelagem de negócios de vários trechos de rodovias do estado, incluindo a adoção do sistema de fluxo livre como uma das premissas dos projetos. Nos próximos meses, também serão realizadas audiências públicas para discutir a implantação do sistema e colher feedback sobre a proposta apresentada pelo estado, a exemplo do que foi feito na iniciativa anterior, que propunha a instalação de praças de pedágio fixas com barreiras nas rodovias , gerando ampla discussão.
Com o novo sistema de pedágio, que já está sendo testado na rodovia Ayrton Senna, o governo do estado também prevê uma redução nos gastos dos operadores e motoristas, com tarifas mais justas de acordo com a distância percorrida.
Segundo uma das lideranças do movimento Pedágio Não, Paulo Bocuzzi, fundador do grupo e organizador dos protestos e debates contra a praça de pedágio em 2021, a posição segue contrária a esse novo sistema de pedágio proposto pelo estado. "No início do ano, me reuni com o prefeito Caio (Cunha) no Palácio dos Bandeirantes, conversando com dois secretários do Governo do Estado, e eles demonstraram interesse em voltar a discutir essa possibilidade. Esse modelo é uma ideia que pretendem implementar em todo o estado, e é mais barato para o governo porque permite a instalação de praças de pedágio em áreas com trechos mais restritos e menores, como Mogi-Dutra. O custo é menor, e não há funcionários operando. Disseram que custaria R$ 1 milhão por pedágio,
Embora a comunicação com o atual governo tenha sido melhor do que com o anterior, mostrando maior flexibilidade e possibilidade de diálogo, e a atual proposta defenda a redução do custo do pedágio em até 90% em relação ao plano inicial de 2021, o Prefeito e o Pedágio Nenhum movimento se mantém contrário a qualquer modelo de pedágio na região. “Estamos acompanhando a evolução dessa questão e vamos nos posicionar contra ela independente do modelo de pedágio, mesmo que o impacto na cidade seja menor”, disse.
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