DESAFIO

Bertioguense se aventura em viagem de moto sozinha ao Atacama

Engenheira civil sonhava com a viagem, antes mesmo de ter uma motocicleta e, assim que a conquistou, partiu para o deserto do Atacama

Mayumi Kitamura
Publicado em 31/01/2024, às 14h44 - Atualizado às 15h10

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Engenheira realiza a grande viagem no início da vida como motociclista - Arquivo Pessoal/Karen Monteiro
Engenheira realiza a grande viagem no início da vida como motociclista - Arquivo Pessoal/Karen Monteiro

Antes mesmo de ter uma moto, a engenheira civil Karen Monteiro sonhava em se aventurar sobre duas rodas, em direção ao deserto do Atacama e, após dez anos amadurecendo esse desejo, ela conta com orgulho a sua viagem, desbravada sozinha, e que está prestes a encerrar.

Quando a ideia surgiu, ela ainda morava com os pais, em Bertioga, por isso, o temor deles a impedia de seguir rumo às estradas da América Latina. Tudo mudou há cinco anos, época em que se estabeleceu na capital e decidiu que era hora de planejar a grande viagem. Levantou rotas, horários seguros e documentação;  a moto, uma Royal Enfield Himalayan 411cc, foi conquistada somente em novembro de 2022. 


Fazer essa viagem sempre foi um sonho"
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Monolito 4.170 MSNM, subida da Cordilheira dos Andes - marco conhecido pelos motociclistas | Arquivo Pessoal/Karen Monteiro

Karen tentou, sem sucesso, conseguir companhia para a viagem ser mais segura, afinal, seu único temor era com relação à sua integridade física. “Por ser mulher, a gente tem que ter essa preocupação, que talvez um homem não sinta nesse sentido”, comentou. Isso não abalou a sua vontade: “Pensei, ‘tenho tempo, consegui férias no trabalho, tenho dinheiro que guardei para a viagem, não vai ser isso que vai me parar, não vai ser isso que vai interromper o meu sonho’. Então, eu agarrei a oportunidade e fiz acontecer”.

Seu planejamento inicial era de uma viagem de 25 dias e 7.500km, ida e volta, tempo para aproveitar cada local e pilotar apenas durante o dia. “Aqui anoitece mais tarde, quase às 20h, então, por questão de segurança, supondo que a moto quebrasse, ou algo assim, eu parava de rodar às 17h, porque, se acontecesse algo nesse período, teria como procurar um guincho, para não ficar à noite na rua”, revelou. 

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Mano Del Desierto, em Antofagasta, no Chile | Arquivo Pessoal/Karen Monteiro

Ela conseguiu chegar bem ao deserto do Atacama; conheceu o Chile, Argentina e até deixou a moto em São Pedro do Atacama, para turistar também pela Bolívia, por meio de agência. Aproveitou um pouco de cada país e das belas paisagens por onde passou e, agora, a poucos dias de terminar as férias, Karen já está na estrada de volta para casa. Na bagagem, ela carrega agora muito mais do que a realização de um sonho, mas todas as aventuras e momentos da sua grande viagem no início da vida como motociclista.

Mayumi Kitamura

Mayumi Kitamura

Jornalista formada na Universidade de Ribeirão Preto (Unaerp - Guarujá) e técnica em Processamento de Dados. Atua na área de comunicação há mais de 20 anos.

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