Dia do Consumidor: relação entre clientes e lojistas merece respeito

Você sabia que todos nós somos consumidores, não é mesmo? Mesmo quem é comerciante, lojista, em algum momento também está do outro lado do balcão. E sexta-feira, 15 de março, comemora-se o Dia do Consumidor, consolidada como mais uma data produtiva, quando o assunto é faturamento. É a chance de dar aquele agrado para os clientes, lançar promoções e, acima de tudo, manter uma relação de fidelidade e respeito.

Segundo o presidente da CDL Santos Praia, Nicolau Miguel Obeidi, a data movimenta o comércio, principalmente, às vésperas da Páscoa que, este ano, ocorrerá mais cedo, no dia 31 de março. “Depois do Carnaval, este mês acaba sendo importante para o lojista, porque observamos que tem a chance de aquecer o mercado. Temos o Dia do Consumidor que, muitas vezes, se transforma em Semana do Consumidor, uma vez que muitas promoções e descontos são feitos ao longo dos dias e, depois, vem a Páscoa”.

O idealizador da data foi o ex-presidente americano John F.Kennedy. Em 1962, ele assinou um decreto de reconhecimento aos direitos do consumidor. A partir de então, vários países, incluindo o Brasil, resolveram dar atenção à data. Mas, ela só virou oficial em 1985, quando a Organização das Nações Unidas (ONU) reconheceu a iniciativa.

Só que consumidores não existiriam sem os comerciantes, e vice-versa. Por isso, esta relação precisa ser de clareza e respeito. O coordenador do Procon de Santos, Ronaldo Ferreira, destaca alguns destes pontos e reforça o principal. “Não falhem com ausência de informação para o consumidor, como a política de preços praticadas pelo lojista, com preços fixados na forma correta; a forma de pagamento (se parcela ou não, se tem desconto ou não); se há incidência de juros e clareza sobre a política de trocas. Nós sabemos que o lojista não é obrigado a fazer a troca de compras presenciais, mas, digamos que é uma gentileza. Porém, ambas as partes precisam cumprir o trato. O consumidor por exemplo, precisa levar o produto em bom estado, respeitar o prazo para troca e verificar se os produtos podem ser objeto de troca ou não”.

Em Santos, os comércios não costumam ser alvo de tantas reclamações, diferentemente das instituições bancárias, financeiras e empresas de cartões de crédito. Mesmo assim, para esta boa relação ser praticada, seguem algumas ações que podem evitar dor de cabeça, segundo o Procon:

- O lojista deve sempre disponibilizar, para consulta, um exemplar do código de defesa do consumidor, que deve estar ao acesso do cliente. A lei determina que o código fique no balcão de atendimento ou num local de fácil acesso.

- Entre os principais direitos do consumidor, acima de tudo vem a segurança, ou seja, a garantia de que o produto ou serviço fornecido não tenha vícios nocivos à vida ou à saúde do consumidor. Outro é o de livre escolha do produto/serviço a ser contratado. E em terceiro, é o direito de ser ouvido, saber os canais de comunicação que a empresa oferece e ter acesso ao serviço de atendimento/ouvidoria.

O diretor do Procon reforça a importância dos laços de fidelidade e respeito entre consumidor e comerciante. “O papel do Procon é justamente harmonizar as relações de consumo, que o ambiente de negócios seja saudável com respeito e lealdade. A transparência é fundamental de ambos os lados, para o processo dar certo”, completa Ronaldo.

O presidente da CDL Santos Praia, Nicolau Miguel Obeidi, além de consumidor também é lojista e defende o direito de ambos, por isso, reforça que a CDL está de portas abertas para que todos possam ter uma orientação, informações e, claro, que possam ser discutidas melhorias para a categoria. “Sempre orientamos nossos comerciantes a ter excelência não só nos produtos e serviços oferecidos, mas também, no trato com as pessoas. Cliente bom é cliente satisfeito. E sabemos que ter esta confiança e lealdade, não tem preço”.