BUSCA

Mãe treina mergulho para achar filho desaparecido no mar há 2 anos no litoral de SP

José Porfírio era copiloto da aeronave que caiu em Ubatuba em novembro de 2021; mãe pretende mergulhar no local onde peças do avião foram encontradas

Redação
Publicado em 28/11/2023, às 19h20 - Atualizado às 20h06

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Ana Regina afirma que vai mergulhar no local onde encontraram destroços da aeronave - Reprodução arquivo pessoal
Ana Regina afirma que vai mergulhar no local onde encontraram destroços da aeronave - Reprodução arquivo pessoal

Ana Regina Agostinho, mãe do jovem piloto José Porfírio de Brito Júnior, persiste nas buscas pelo filho, desaparecido desde novembro de 2021 após a queda de um avião bimotor no mar entre as cidades de Ubatuba, no litoral norte de São Paulo, e Paraty, no Rio de Janeiro.

Há dois anos, no fatídico 24 de novembro de 2021, a vida de Ana Regina Agostinho mudou drasticamente. Seu filho, José Porfírio, então com 20 anos, era o copiloto de um avião bimotor que partiu do Aeroporto de Amarais, em Campinas (SP), com destino ao Aeroporto de Jacarepaguá, no Rio de Janeiro.

Imagem dividida em três que mostra o jovem piloto, José, homens do corpo de bombeiros durante buscas e Sergio Dias, os dois seguem desaparecido até os dias de hoje
José Porfírio e Sérgio Dias seguem desaparecidos após queda de avião bimotor - Divulgação GBMar / Arquivo Pessoal

Além de José, outras duas pessoas estavam a bordo: o piloto Gustavo Carneiro, cujo corpo foi encontrado, e do empresário Sérgio Dias, de 45 anos, que também permanece desaparecido. Desde então, a família de José enfrenta a angústia da incerteza, pois nem o corpo do jovem copiloto nem os destroços do avião foram localizados. Apenas algumas peças da aeronave foram encontradas.

Com a persistência na busca por respostas e a ausência de resultados das operações oficiais, Ana Regina decidiu mudar completamente sua vida. Nas redes sociais, ela compartilhou que nos últimos dois anos tem se dedicado incansavelmente para encontrar pistas sobre o paradeiro de José.

Uma das estratégias adotadas pela mãe do copiloto foi iniciar um curso de mergulho. Em entrevista, ela revelou: "Estou fazendo curso de mergulho. Estou fazendo justamente para mergulhar no local onde foram achadas essas peças maiores [porta e hélice]. Estamos sem respostas, mas eu sigo persistente", afirmou Ana Regina, compartilhando a força que a motiva.

Durante o fim de semana passado, Ana voltou às redes sociais para rebater algumas críticas sobre persistir nas buscas, ela publicou uma notícia de que familiares localizaram e enterraram o corpo de uma vítima de acidente aéreo dois anos após cair no mar.

Tenho plena consciência de tudo o que aconteceu. Mesmo assim eu creio no Deus do impossível, o único que tudo pode [...]. Não julguem uma mãe por buscar seu filho, seja como for”, desabafou.

Buscas encerradas

mapa de buscas dos bombeiros
Buscas foram concentradas entre Ubatuba e Ilhabela, onde foram encontrados objetos pessoas e partes da aeronave - Foto: Divulgação/Corpo de Bombeiros

As buscas pelo avião e pelos dois ocupantes desaparecidos foram encerradas 22 dias após o acidente, em virtude de as equipes de resgate não encontrarem nenhum novo indício sobre o paradeiro da aeronave. No entanto, a família de José não desistiu e seguiu por conta própria.

A Força Aérea Brasileira explicou à época que as buscas seguiram os padrões internacionais e foram encerradas após a completa verificação da área do acidente. Entretanto, deixou a possibilidade de reativar as operações caso novos indícios surjam. A Marinha avançou para uma segunda fase, emitindo avisos-rádio e mantendo varreduras sonar com o Navio Hidroceanográfico Faroleiro "Graça Aranha".

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