Somente em 2021, 66.280 novos casos de câncer de mama foram registrados no Brasil, de acordo com dados do INCA
Somente em 2021, 66.280 novos casos de câncer de mama foram registrados no Brasil, de acordo com dados do Instituto Nacional de Câncer (Inca). Em 2020, segundo o Atlas de Mortalidade por Câncer, 18.032 pessoas faleceram, sendo 207 homens e 17.825 mulheres.
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A campanha Outubro Rosa chama atenção para a doença oncológica que mais mata mulheres no Brasil: o câncer de mama. Um dos focos da mobilização é a prevenção, que pode salvar vidas.
Por isso, estar atenta (o) é importantíssimo para prevenir o avanço dessa doença.
O câncer de mama pode apresentar os seguintes sintomas:
Nódulo (caroço), fixo e geralmente indolor: é a principal manifestação da doença, estando presente em cerca de 90% dos casos quando o câncer é percebido pela própria mulher
Pele da mama avermelhada, retraída ou parecida com casca de laranja
Alterações no bico do peito (mamilo)
Pequenos nódulos nas axilas ou no pescoço
Saída espontânea de líquido anormal pelos mamilos
É importante que as mulheres observem suas mamas sempre que puderem, sem técnica específica, valorizando a descoberta casual de pequenas alterações mamárias e podendo iniciar o tratamento o quanto antes.
Segundo o Inca, o câncer não tem uma causa única. Há diversas causas externas (presentes no meio ambiente) e internas (como hormônios, condições imunológicas e mutações genéticas). Os fatores podem interagir de diversas formas, dando início ao surgimento do câncer.
Entre 80% e 90% dos casos de câncer estão associados a causas externas. As mudanças provocadas no meio ambiente pelo próprio homem, os hábitos e o comportamento podem aumentar o risco de diferentes tipos de câncer.
As causas internas estão ligadas à capacidade do organismo de se defender das agressões externas. Apesar de o fator genético exercer um importante papel na formação dos tumores (oncogênese), são raros os casos de câncer que se devem exclusivamente a fatores hereditários, familiares e étnicos.
Existem ainda alguns fatores genéticos que tornam determinadas pessoas mais suscetíveis à ação dos agentes cancerígenos ambientais. Isso parece explicar porque algumas delas desenvolvem câncer e outras não, quando expostas a um mesmo carcinógeno.
O envelhecimento natural do ser humano traz mudanças nas células, que as tornam mais vulneráveis ao processo cancerígeno. Isso, somado ao fato de as células das pessoas idosas terem sido expostas por mais tempo aos diferentes fatores de risco para câncer, explica, em parte, o porquê de o câncer ser mais frequente nessa fase da vida.
Segundo estudos do Inca, 10% a 20% dos casos se devem à fatores genéticos e 80% a 90% à fatores ambientais e comportamento.
Fatores genéticos e hereditários
História familiar de câncer de ovário
Casos de câncer de mama na família, principalmente antes dos 50 anos
História familiar de câncer de mama em homens
Alteração genética, especialmente nos genes BRCA1 e BRCA2
Fatores ambientais e comportamentais
Obesidade e sobrepeso
Inatividade física
Consumo de bebida alcoólica
Exposição frequente a radiações ionizantes para tratamento (radioterapia) ou exames diagnósticos (tomografia, Raios-X, mamografia, etc)
Tabagismo - há evidências sugestivas de aumento de risco
Fatores da história reprodutiva e hormonal
Primeira menstruação antes de 12 anos
Não ter tido filhos
Primeira gravidez após os 30 anos
Parar de menstruar (menopausa) após os 55 anos
Uso de contraceptivos hormonais (estrogênio-progesterona)
Ter feito reposição hormonal pós-menopausa, principalmente por mais de cinco anos
O tratamento para a doença depende do nível em que ela se encontra desenvolvida no organismo do paciente, podendo ser necessária cirurgia, radioterapia ou quimioterapia.
As modalidades de tratamento do câncer de mama podem ser divididas em:
- Tratamento local: cirurgia e radioterapia.
- Tratamento sistêmico: quimioterapia, hormonioterapia e terapia biológica.
A ciência já comprovou que o ato de alimentar bebês com leite materno é benéfico não apenas para as crianças, mas também para as mães. Isso devido às mudanças hormonais pelas quais elas passam durante o período de aleitamento.
“As taxas de estrogênio caem no período de amamentação, e este hormônio tem relação direta com estímulo da proliferação das células tumorais do câncer de mama”, diz a enfermeira Sandra Abreu, que é especialista em aleitamento materno.
E não para por aí. Segundo a profissional, “estudos apontam que, a cada 12 meses de aleitamento, as chances de aparecimento de um tumor mamário diminuem 4,3%. Quanto mais prolongada for a amamentação, maior a proteção”.
Além disso, Sandra explica que a redução da possibilidade de desenvolvimento da doença nos seios pode durar por muitos anos. “Algumas pesquisas sugerem que o ato de amamentar também tem condições de diminuir o risco de câncer de mama na pós-menopausa”.
Diante destes fatores, a especialista reitera que as mães devem amamentar até seus filhos completarem dois anos.
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“Normalmente, surgem desafios para que elas não consigam atingir este período completo, principalmente quando o bebê é um recém-nascido. Acontecem machucados nos mamilos e dores, por exemplo. Porém, é preciso ir adiante, tratar estes problemas e dar sequência ao aleitamento. O esforço vai trazer saúde para crianças e mães”.
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