SAÚDE E EDUCAÇÃO

Ilhabela, pioneira no país com projeto Cidade Cardio Protegida

O projeto objetiva minimizar os impactos de doenças cardiovasculares por meio de ações, a exemplo da instalação de desfibriladores em pontos estratégicos

Gabriela Petarnella
Publicado em 02/01/2024, às 12h31

FacebookTwitterWhatsApp
Servidores públicos e comerciantes foram treinados para utilizar os equipamentos - Prefeitura de Ilhabela
Servidores públicos e comerciantes foram treinados para utilizar os equipamentos - Prefeitura de Ilhabela

A prefeitura de Ilhabela lançou o projeto Cidade Cardio Protegida, pioneiro no Brasil, a fim de  minimizar os impactos causados por doenças cardiovasculares. Dois totens, com desfibriladores externos automáticos (DEA), foram colocados em locais estratégicos da cidade.

Os equipamentos podem ser operados por servidores públicos, voluntários e profissionais das equipes de Atenção Primária à Saúde. Também comerciantes locais, devidamente capacitados e treinados pela equipe de coordenação do projeto, vão atuar nos três primeiros elos da “corrente de sobrevivência”, cruciais na recuperação de vítimas de parada cardíaca. Além de serem instruídos sobre a realização da reanimação cardiopulmonar (RCP), os voluntários aprenderam a realizar os primeiros socorros com o DEA e onde encontrá-lo.

O primeiro DEA foi instalado no paço municipal e o segundo, no Centro Cultural Waldemar Belisário, na Vila, local com maior concentração de comércio e rotatividade de visitantes. A enfermeira Suelen Monteiro de Almeida, lembra que a Vila possui uma alta circulação de pessoas, principalmente nesse período de temporada e ressalta: “Em 2024, queremos continuar com as capacitações e treinamentos, tanto para a população voluntária quanto aos comércios no entorno de onde estão os DEAs, e fazer com que essa informação chegue ao maior número de pessoas possível”.

A secretária de Saúde Lúcia Reale destaca que, com esses esforços, a cidade não apenas reduzirá as estatísticas alarmantes de mortes por doenças cardiovasculares, mas também garantirá que a população tenha acesso rápido aos cuidados especializados de alta qualidade nesses momentos críticos. Contudo, a iniciativa não descarta a necessidade de, nestas situações, acionar o Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (Samu).

O projeto é coordenado pelo médico cardiologista Carlos Alberto Maknavicius, pela enfermeira Suelen Monteiro de Almeida, especialista em Urgência e UTI com ênfase em cardiologia e pelo enfermeiro Fábio Luis, coordenador do Samu.

Segundo o Dr. Carlos Alberto, estima-se que, no Brasil, ocorrem 400 mil mortes por ano devido à parada cardíaca, das quais metade por arritmias cardíacas que levam à óbito se o atendimento não for realizado de forma rápida e eficaz. 

Sabrina Ferreira, funcionária de um  comércio local, falou sobre suas impressões em relação ao curso: “Foi incrível, eu aprendi muito e acredito que seria ótimo se todos fizessem o treinamento. Acredito que estou mais preparada agora para uma emergência, por fazer a parte prática. Agora que a cidade vai estar mais cheia na temporada, é ainda mais importante”.

Valdemir J. de Oliveira, marinheiro, participou da capacitação e falou sobre a importância do DEA e dos primeiros socorros. “No meu ponto de vista, é muito importante estar inserido nessa prática de ensinar a utilizar DEA, pois irá salvar vidas; como o instrutor mesmo disse, o primeiro atendimento é o mais importante”, finalizou.

Para saber mais sobre o projeto Ilhabela Cidade Cardio Protegida, os interessados podem entrar em contato com a Secretaria de Saúde pelo telefone (12) 3896 9200.

Gabriela Petarnella

Gabriela Petarnella

Jornalista formada pelo Centro Universitário Módulo. Possui experiência em videorreportagem e fotojornalismo

Receba o melhor do nosso conteúdo em seu e-mail

Cadastre-se, é grátis!