Nas redes sociais, Renzo Angerami, pai do policial militar desaparecido desde o dia 14 de abril, em Guarujá, pede que o corpo seja devolvido
O caso do policial militar Luca Angerami, desaparecido em Guarujá desde o dia 14 de abril, já levou a várias prisões de supostos envolvidos e desdobramentos, com o encontro de seis cadáveres nas proximidades e área da Vila Baiana, mas até o momento, nenhuma informação levou ao encontro do PM. Nas redes sociais, o pai de Luca, Renzo Angerami, fez um apelo para que o corpo seja devolvido: “Por favor, eu tenho direito de chorar meu filho”.
Em vídeo recente, também se identificando como policial, ele diz entender que, se não fosse o próprio filho, seria o de outra pessoa. “Eu só não entendo esse motivo de ficar todo esse tempo. Eu quero o meu corpo, eu quero chorar meu filho”, desabafou, e disse que qualquer pai entenderia sua situação. “Devolve para mim [...], por favor, eu tenho direito de chorar meu filho”, afirmou.
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Em postagem anterior, ele chegou a comentar a amargura da situação, e que não entendia esse sentimento “horrível”. Grato pelas mensagens de apoio, ele contou que a história do começo da vida de Luca é o que o mantém forte em meio à angústia.
Renzo relembrou quando o quadrigêmeo teve 11 paradas cardíacas, após ser liberado, 56 dias depois de seu período de internação na UTI Neonatal. “Eu ajoelhei e liguei para o meu pai: ‘Pelo amor de Deus, eu vou perder o meu filho. Eu peço a Deus que me dê ele, que seja para eu carregar nas costas, que ele só respire’. E Deus me deu ele por 21 anos. [...] Ao invés de ter ido embora só de passagem, ele me deu essa luz, esse cara por 21 anos, e se ele tiver ido embora, eu vou devolver a Deus com muita dignidade. Lógico, que a gente, humano, tem aquele egoísmo nato, mas essa história eu não posso me furtar de esquecê-la, porque eu ganhei o Luca por 21 anos”, disse.
Na noite de sexta-feira (26), mais um suspeito de envolvimento no desaparecimento do PM Luca Angerami foi preso e confessou a participação. O homem de 23 anos foi abordado durante uma operação em área de invasão, conhecida pelo tráfico de drogas, em Bertioga, município vizinho a Guarujá.
Apesar de o suspeito não portar qualquer substância ou material ilícito, ele foi reconhecido como um dos procurados pelo caso. O acusado chegou a levar os policiais até o local em que Luca teria sido conduzido, no Morro da Vila Baiana, mas não havia qualquer indício do policial.
O acusado já possuía mandado de prisão temporária expedido.