INVESTIGAÇÃO

PM chama Uber ao sair de festa no litoral de SP e termina agredido

Militar diz ter sido levado a um lugar desconhecido no qual foi agredido por cinco homens; motorista diverge da versão do PM

Redação
Publicado em 03/02/2024, às 21h45 - Atualizado em 04/02/2024, às 13h18

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Motorista disse que passageiro pediu para parar em um local perigoso para comprar drogas - Foto: reprodução iStock
Motorista disse que passageiro pediu para parar em um local perigoso para comprar drogas - Foto: reprodução iStock

Um policial militar, de 29 anos, denunciou ter sido furtado e agredido, após chamar um motorista por aplicativo, ao deixar uma festa na madrugada de sexta-feira (2), em Praia Grande, no litoral de São Paulo. O militar estaria de folga e, segundo seu relato,  o motorista teria desviado a rota solicitada e o levou a um local onde foi agredido por cinco homens.

O soldado da PM afirmou que, após solicitar a viagem por meio do aplicativo Uber, um veículo VW/GOL de cor preta chegou para buscá-lo. O destino informado seria a CIA da Operação Verão (Ginásio Falcão), porém, o motorista seguiu para um endereço desconhecido pelo policial.

Ao desembarcar, o PM conta que foi abordado por um grupo armado, que o rendeu; os homens retiraram sua arma e o agrediram com chutes e pontapés. Posteriormente, as munições foram retiradas e a arma foi devolvida. Os suspeitos teriam feito, ainda, ameaças de morte caso a vítima não se retirasse do local imediatamente. Ainda de acordo com o depoimento do policial, ele contou que conseguiu ajuda de um motociclista, para chegar até uma base policial próxima, onde foi socorrido e encaminhado ao pronto-socorro.

Segundo consta no boletim de ocorrência, após informações sobre o ocorrido, o motorista do aplicativo foi identificado e abordado pela polícia. Em depoimento, ele relatou que havia sido solicitado para uma corrida, entretanto, o passageiro teria pedido para parar em um local perigoso para comprar drogas. Ainda de acordo com a versão do motorista, o passageiro teria voltado ensanguentado após alguns minutos, e, assustado, o motorista fugiu do local ao vê-lo tentando entrar em outro veículo próximo.

Procurada pela reportagem, a Secretaria de Segurança Pública de São Paulo (SSP), confirmou a ocorrência e informou que o caso citado foi registrado como furto e lesão corporal contra integrante das forças de Segurança Pública, na CPJ de Praia Grande.

Segundo a SSP, a vítima, um policial militar de 29 anos, permaneceu internada no hospital Irmã Dulce. Já o motorista de aplicativo prestou depoimento e foi liberado. A autoridade policial solicitou exames periciais ao Instituto Médico Legal (IML), para seguir com as investigações.

Em nota, a Uber lamentou o caso e disse que considera inaceitável qualquer tipo de violência. Ainda segundo a empresa, o motorista teve sua conta desativada temporariamente da plataforma enquanto ocorrem as investigações. "A empresa está à disposição para colaborar com as autoridades, nos termos da lei. Todas as viagens são registradas por GPS. Isso permite que, em caso de necessidade, nossa equipe especializada possa dar suporte, sabendo quem foi o motorista parceiro e o usuário, seus históricos e qual o trajeto realizado", acrescentou a Uber. 

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