PRISÃO EM FLAGRANTE

Preso no Rio homem que manteve mulher em cárcere privado por 8 anos

O filho da vítima, que não mora com ela, foi à polícia pedir ajuda, após a mãe lhe dar um bilhete escondido contando o que acontecia na casa

Da Redação
Publicado em 09/07/2020, às 14h45 - Atualizado em 24/08/2020, às 00h05

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Policiais da Delegacia de Atendimento à Mulher de Campo Grande prenderam em flagrante, nesta quinta-feira, 8, no bairro da Prata, um homem acusado de manter a mulher em cárcere privado, agredi-la e ameaçá-la durante oito anos. O filho da vítima, que tinha ido visitá-la, recebeu escondido um bilhete escrito pela mãe, conseguiu fotografá-lo com o celular e foi à polícia pedir ajuda.

Imagem acervo site

De acordo com a delegada Mônica Areal, titular da especializada, no bilhete, a mulher contava que era mantida trancada em casa e que sofria agressões físicas e violência psicológica.

A delegada informou que a vítima era proibida pelo companheiro, com quem vivia há oito anos sob o regime de união estável, de sair de casa sozinha e de receber amigos, e só usava o celular ao lado dele, que monitorava com quem ela falava e também o tempo de duração das ligações. No bilhete, a vítima dizia também que o companheiro ficava o tempo todo atrás dela, vendo o que fazia e ameaçando-a.

A mulher, que não teve o nome divulgado, escreveu ainda no bilhete que não tinha como sair [de casa]. "Estou sendo torturada psicologicamente, moralmente e passando por constrangimentos horríveis."

Segundo a delegada, o filho da vítima chegou à delegacia muito nervoso, dizendo que a família já desconfiava de que alguma coisa não estava normal entre o casal. Ele contou que quando ia visitá-la, a mãe permanecia calada, cabisbaixa, num canto da casa. Uma equipe da delegacia foi à casa do casal e prendeu o autor do cárcere privado.

Ele vai responder pelo crime de cárcere privado, com pena que varia de 2 a 5 anos de prisão. O homem, depois de ouvido na delegacia e autuado em flagrante, foi encaminhado ao sistema penitenciário, onde ficará à disposição da Justiça, aguardando julgamento.

Edição: Nádia Franco

Fonte: EBC Geral

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