BANDEIRA VERMELHA

Bruna Griphao e Gabriel: veja todos os comportamentos tóxicos do brother e entenda o que é Red Flag

Gabriel, em diversos momentos do reality, fez comentários agressivos e ‘brincadeiras’ com Bruna que indicariam agressão. Confira na matéria alguns exemplos

Da redação
Publicado em 23/01/2023, às 13h40 - Atualizado às 15h01

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Gabriel, em diversos momentos do reality, fez comentários agressivos e ‘brincadeiras’ que indicariam agressão para Bruna. Confira na matéria alguns exemplos - Reprodução
Gabriel, em diversos momentos do reality, fez comentários agressivos e ‘brincadeiras’ que indicariam agressão para Bruna. Confira na matéria alguns exemplos - Reprodução

O Big Brother Brasil está dando o que falar. Nesta edição de 2023, o casal composto pela atriz Bruna Griphao e pelo modelo Gabriel, ex-affair de Anitta, está levantando debate nas redes sociais sobre relacionamentos abusivos e as famosas Red Flags.

Gabriel, em diversos momentos do reality, fez comentários agressivos e ‘brincadeiras’ que indicariam agressão para Bruna. Confira alguns exemplos:

Gabriel comentou na frente do grupo de participantes: “Vocês acham que o nariz da Bruna parece mais com uma arara azul ou com um rinoceronte?", brincando com a aparência da atriz.

Gabriel dá puxão em ombro de Griphao após ela alegar que o comentário dele era ‘infantil’.

O ex-affair da Anitta disse que Bruna parecia sarna, se referindo ao excesso de carinho da atriz.

“Não era você que tinha HPV?”, comentou o brother em rede nacional, expondo a companheira e deixando-a desconfortável.

a presidente do Sindicato dos Delegados de Polícia do Estado de São Paulo (Sindpesp), Jacqueline Valadares, alerta que condutas desta natureza não devem ser normalizadas, tão pouco em rede nacional e em horário nobre: 

“Isso pode configurar crime de ameaça. Acredito que o participante poderia receber uma repreensão mais efetiva da emissora, tendo em vista o alcance do programa e do quanto ele pode influenciar, inclusive, negativamente. Faltou também a emissora conceder à vítima orientações jurídicas a respeito dos fatos”. 

Jaqueline explica que a vítima de ameaça tem um prazo legal de seis meses para representar criminalmente o agressor. Tendo em vista que o BBB deve chegar ao fim em três meses, caso a vítima permaneça até o fim e apenas tome conhecimento deste regramento apenas quando sair da casa, ela já terá perdido metade do tempo legal para a tomada de providências: 

“É tudo muito sério. Por isso, insisto: não é só questão de dar ‘um toque’, como rotulou o apresentador, ontem. Inúmeras mulheres são vítimas, muitas vezes, fatais, de homens que jamais foram denunciados ou repreendidos. A vítima deveria ser juridicamente orientada, para tomar as suas decisões, inclusive quanto representar ou não o agressor e em que tempo”.  

“Posturas como esta devem ser repreendidas e sempre rechaçadas, inclusive pela sociedade. Segundo o último Anuário Brasileiro de Segurança Pública, 26 mulheres são agredidas fisicamente por hora e três são vítimas de feminicídio por dia. Como destacou o apresentador ontem, certas coisas não devem ser ditas nem de brincadeira”. 

De acordo com Jacqueline, qualquer tipo de violência física, moral, sexual, patrimonial ou psicológica, incluindo a ameaça, pode configurar violência doméstica ou familiar contra a mulher. Contudo, nem toda situação tida como abusiva ou tóxica é passível de registro criminal, uma vez que nem toda a conduta pode configurar crime. De toda forma, a vítima deve ficar em alerta e procurar por ajuda com as autoridades competentes:  

“Se a vítima identificar que está passando por algo como abuso, controle excessivo, ameaça e depreciação, por exemplo, deve ligar o sinal de alerta. O ideal é que procure a Delegacia de Polícia mais próxima para receber orientações. É preciso verificar se aquele comportamento é passível de registro, de responsabilização criminal por parte do investigado, ou se essa mulher precisa ser encaminhada para uma rede de apoio”. 

Na Polícia Civil de SP, registros envolvendo violência doméstica ou crimes contra a mulher de forma geral já podem ser feitos por meio da Delegacia Eletrônica (https://www.delegaciaeletronica.policiacivil.sp.gov.br/ssp-de-cidadao/home). Também pelo portal, é possível requerer medida protetiva de urgência, sem precisar sair de casa, num primeiro momento. Já o 180 é o telefone da Central de Atendimento à Mulher. Em caso de emergência, denúncias também podem ser feitas pelo 190 da Polícia Militar (PM). 

© Marcelo Camargo/Agência Brasil (© Marcelo Camargo/Agência Brasil)

O que é ‘Red Flag’ (Bandeira Vermelha)

Uma "bandeira vermelha" em um relacionamento indica um sinal de alerta de que algo não está certo ou saudável no relacionamento. Exemplos de bandeiras vermelhas em um relacionamento incluem:

Abuso físico, emocional ou sexual;

Ciúme extremo ou possessividade;

Crítica constante ou menosprezo;

Isolamento de amigos e familiares;

Padrões de comunicação não saudáveis;

Falta de confiança ou transparência;

Incapacidade de se comprometer ou resolver conflitos;

Pressão para mudar ou suprimir a própria identidade;

Manipulação ou controle financeiro.

Se você notar qualquer uma dessas bandeiras vermelhas em seu relacionamento, é importante resolvê-las e considerar procurar a ajuda de um conselheiro ou terapeuta.

O que é relacionamento abusivo?

Um relacionamento abusivo é um padrão de comportamento no qual um parceiro usa poder e controle sobre o outro para manter o  domínio. Pode assumir muitas formas, incluindo abuso físico, emocional, sexual, financeiro e psicológico.

(Divulgação)

Abuso físico refere-se a qualquer forma de violência ou dano físico, como bater, socar, chutar, sufocar ou usar armas.

O abuso emocional refere-se ao comportamento que pode prejudicar a autoestima da outra pessoa, como insultos verbais, xingamentos, manipulação ou bullying.

Abuso sexual refere-se a qualquer forma de coerção sexual, contato sexual indesejado ou exploração sexual.

O abuso financeiro refere-se ao controle e manipulação das finanças, como retenção de dinheiro ou negação de acesso a contas bancárias.

O abuso psicológico refere-se ao comportamento que pode prejudicar a saúde mental da outra pessoa, como gaslighting, reter informações ou fazer a outra pessoa se sentir maluca ou culpada.

Relacionamentos abusivos podem trazer consequências sérias e de longo prazo para a vítima, incluindo lesões físicas, traumas emocionais, instabilidade financeira e até a morte. Se você ou alguém que você conhece está em um relacionamento abusivo, é importante procurar ajuda o mais rápido possível. Isso pode incluir conversar com um terapeuta, conselheiro ou um defensor da violência doméstica.

Como começa um relacionamento abusivo?

Um relacionamento abusivo pode começar de diferentes maneiras e o comportamento do agressor pode não ser imediatamente óbvio. O agressor pode começar sendo charmoso e atencioso, e o relacionamento pode começar a parecer positivo e saudável. No entanto, com o tempo, o agressor pode começar a exibir comportamentos controladores e manipuladores, que podem se transformar em abuso.

É importante observar que o abuso pode assumir várias formas e nem sempre é físico. O comportamento abusivo pode incluir abuso verbal, emocional, psicológico, financeiro ou sexual.

© Marcelo Camargo/Agência Brasil (© Marcelo Camargo/Agência Brasil)

O agressor pode começar a isolar a vítima de amigos e familiares, monitorar todos os seus movimentos e controlar suas atividades. Eles também podem começar a criticar e menosprezar a vítima, fazendo com que se sintam inúteis e dependentes do agressor. Eles também podem usar força física, ameaças, intimidação e manipulação para controlar a vítima.

O comportamento abusivo pode ser gradual e sutil, e as vítimas podem nem perceber que estão sendo abusadas. É importante estar ciente das bandeiras vermelhas em um relacionamento, como comportamento controlador, ciúme e abuso verbal ou físico, e levá-las a sério. Se você ou alguém que você conhece está sofrendo abuso, é importante procurar ajuda o mais rápido possível.

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