SEGURANÇA CIBERNÉTICA

O que o Brasil tem feito bem para subir nos rankings globais de cibersegurança?

Com tanta exposição nas redes, os ataques cibernéticos podem vir de qualquer lugar e nos mais variados formatos

Da redação
Publicado em 08/11/2022, às 10h04 - Atualizado às 11h11

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Brasil ocupa 18ª colocação no ranking global de segurança cibernética O que o Brasil tem feito bem para subir nos rankings globais de cibersegurança? - Pixabay
Brasil ocupa 18ª colocação no ranking global de segurança cibernética O que o Brasil tem feito bem para subir nos rankings globais de cibersegurança? - Pixabay

O mundo em que vivemos está cada vez mais conectado a internet, deixou de ser algo opcional e faz parte de nosso cotidiano onde quer que estejamos, é através dela que nos entretemos, resolvemos questões do dia a dia e também de trabalho, além de nos comunicarmos com amigos e familiares pelas redes sociais e aplicativos de mensagem.

Já não existe mais uma grande barreira entre real e digital: o digital é o real e vice-versa. Com isso, hackers e ameaças aos nossos dados são ocorrências cada vez mais corriqueiras e é preciso tomar uma série de cuidados com o que se faz online.

Dentro deste cenário, o Brasil vem fazendo avanços significativos, porém: de acordo com dados da União Internacional de Telecomunicações – ITU, órgão ligado à ONU, o país saltou da 71ª posição para a 18ª no ranking global de segurança cibernética, sendo o 3º colocado entre as Américas, perdendo apenas para Estados Unidos e Canadá.

O estudo toma como base o Índice Global de Segurança Cibernética, uma referência confiável para mensuração do compromisso de nações com a segurança cibernética nível mundial, com o objetivo de aumentar a conscientização a respeito do assunto e seu impacto em nossas vidas.

Ataques podem vir de qualquer lugar

Com tanta exposição nas redes, os ataques cibernéticos podem vir de qualquer lugar e nos mais variados formatos, não é incomum ouvir histórias de gente que recebeu um email ao semelhante de seu banco ou provedor de internet ou qualquer outro serviço utilizado pela pessoa, até mesmo em meios como jogos multiplayer online, o que justifica ter cada vez mais cuidado ao clicar em qualquer coisa por aí e sempre se certificar de que as mensagens recebidas são legítimas.

Com 33 milhões de tentativas de intrusão apenas em 2021, de acordo com a especialista em segurança IDC, o Brasil fica atrás apenas de Alemanha, Reino Unido e Estados Unidos como alvo majoritário de hackers e demais pessoas mal-intencionadas. O país também se destaca no quesito malware, que aumentaram em 61% no mesmo ano, chegando ao total de 210 milhões de ataques, quase o dobro do ano anterior.

Maior conscientização em torno do tema pode explicar melhoria

De acordo com pesquisa da Sophos de 2021, 55% das empresas instaladas no país sofreram algum tipo de ataque cibernético, como os de ransomware, um aumento em relação aos 38% do ano anterior. Outros dados indicam uma crescente estável no número de ataques a partir de 2012 – cenários que não teriam como mudar na ausência de esforços coletivos para melhoria.

O Índice Global de Segurança Cibernética, principal forma de medir o impacto de medidas de segurança, leva em consideração cinco pilares: medidas legais, medidas técnicas, medidas organizacionais, desenvolvimento de capacidades e cooperação – somando-se tudo, temos a pontuação geral de cada país.

Pesquisas indicam que empresas planejam investir mais em segurança, aumentando o orçamento em pelo menos 10% - outros recursos como a Lei Geral de Proteção de Dados instituída no país também podem explicar o salto positivo no ranking global.

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