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Quatro meses após ser finalista, peixe cai na Libertadores 2021

Lucas Braga foi um dos poucos que escaparam da má performance no Equador

Ademir Quintino
Publicado em 27/05/2021, às 11h17

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Divulgação/Internet
Divulgação/Internet

O Santos pela segunda vez em sua história está eliminado da Libertadores da América. Em sua 16a. participação na competição, fez uma campanha horrível e na noite desta quarta-feira (26) colecionou sua quarta derrota na fase de grupos ao perder, sem oferecer a menor resistência diante do Barcelona (EQU), por 3 a 1, em Guayaquil e com isso ficou na terceira colocação da chave. 


Os equatorianos ficaram em primeiro e o Boca Juniors (ARG) ficou em segundo ao vencer por 3 a 0, o The Strongest (BOL) no La Bombonera. Como consolo, no saldo de gols, o clube terminou com a mesma pontuação dos bolivianos, mas terminou a frente e vai disputar a Copa Sul-Americana.
Vice-campeão da mesma competição, há menos de quatro meses, o clube não repôs peças de um elenco já limitado e com uma gestão nova, que assumiu o clube há menos de seis meses e inexperiente no futebol, o alvinegro igualou seu maior vexame na competição que tinha sido a desclassificação na primeira fase em 1984, quando também não avançou a segunda fase. 


Quanto a partida no Equador, o Santos entrou em campo sem Marinho, que se recupera de dores musculares, Alison e Jean Mota suspensos e por fim, ainda perdeu Fernando Diniz na beirada do gramado. O comandante técnico foi punido em dois jogos pela Conmebol por expulsão contra o Boca Juniors, na estreia e impediu de de dirigir a equipe pela primeira vez fora de casa. Um dos seus auxiliares, Márcio Araújo foi quem ficou no banco de reservas.
Uma das novidades na escalação foi a entrada do meio-campista Ivonei, volante de origem que por vezes se transformou em terceiro zagueiro para avanço dos laterais Pará e Felipe Jonatan. A ideia era utilizar a velocidade para surpreender o adversário, porém na prática, não aconteceu.


O Barcelona recuou as linhas, marcou no seu campo e dava a bola ao Santos, que não sabia o que fazer com ela. O alvinegro ainda teve uma chance quando Lucas Braga arrancou em um contra-ataque e Kaio Jorge teve a chance na frente do goleiro Burrai, mas não conseguiu driblá-lo. Na sequencia do lance, os equatorianos encaixaram um contragolpe mortal. O ala Quiñonez sem marcação, cruzou da esquerda e o veterano Díaz apareceu para empurrar às redes e abrir o marcador.
Desorganizado, o Peixe só fazia sombra e não marcava com eficácia, o bom toque de bola do adversário, bem melhor tecnicamente. O Barcelona abusou de preciosismo e podia ter aumentado a diferença. De tanto desperdiçar gols, numa saída errada, deram novo contra-golpe e Lucas Braga se aproveitou para bater forte, e Kaio Jorge empatou no fim da primeira etapa, após o goleiro dar novo rebote. 


O Peixe voltou do intervalo com Marcos Leonardo na frente para aumentar o poderio ofensivo na vaga de Ângelo. Mas mal começou a etapa complementar e  Díaz, novamente ele ampliou. Há quinze minutos do fim, sofreu outro gol e a contagem terminou em 3 a 1 para os donos da casa.
Confesso que pela primeira vez estou preocupado. Antes de jogar na Sul-Americana, o Glorioso da Vila estreia no Brasileirão, neste sábado (29), diante do Bahia, na Arena Fonte Nova. O time da Vila que sofreu absurdos 33 gols em 22 jogos na temporada (12 partidas no Paulistão e outras 10 na Libertadores, somando a fase prévia), tenta se reinventar para não passar vergonha como passou no estadual, onde chegou na última rodada podendo cair e na Libertadores, onde caiu de forma precoce e com uma campanha indecente.  


FICHA TÉCNICA
BARCELONA-EQU 3 x 1 SANTOS
Estádio Monumental de Guayaquil, Equador
Árbitro: Andrés Rojas (Colômbia)
GOLS: Díaz, aos 14, e Kaio Jorge, aos 46min do 1ºT; Díaz, aos 8, e Montaño, aos 31min do 2ºT
Cartões amarelos: Castillo e Carcelén (Barcelona); Kaiky, Lucas Lourenço e Kaio Jorge (Santos)
BARCELONA-EQU: Burrai; Castillo, León, Riveros, Quiñónez; Molina, Carcelén (Oyola), Díaz (Cortez) e Martínez (López); Hoyos (Montaño) e Garcés (Mastriani). Técnico: Fabián Burgos
SANTOS: João Paulo; Pará (Madson), Kaiky, Luan Peres e Felipe Jonatan; Vinícius Balieiro (Kevin), Ivonei (Lucas Lourenço) e Gabriel Pirani; Ângelo (Marcos Leonardo), Kaio Jorge (Copete) e Lucas Braga.Técnico: Márcio Araújo (auxiliar)

NOTAS DOS JOGADORES DO SANTOS: 
João Paulo: Fez algumas boas intervenções. Sem culpa nos gols. - 5,5
Pará: Melhor do que nas partidas anteriores, mas ainda abaixo do que produziu na temporada passada. Limitou-se a passes curtos e a marcação. No primeiro gol não estava no setor. - 5,0
(Madson): Poucos minutos em campo. - SEM NOTA
Kaiky: Errou alguns passes próximos, algo incomum. Não falhou no jogo aéreo. - 5,5
Luan Peres: Como o meio-campo, não produzia, tentou armar a equipe. A desorganização estava tão grande que as melhores arrancadas foram do defensor. No último gol levou um corte antes no momento da assistência do jogador equatoriano. - 6,0
Felipe Jonatan: No segundo gol que o Santos sofreu ficou pedindo impedimento. Verdade que o equatoriano o segurou e a arbitragem não observou, mas a desistência do lance, culminou com a assistência para Diaz. - 4,5
Vinícius Balieiro: Sem função, não marcou e não conseguiu colaborar para o time ir a frente. - 4,5
(Kevin): Jogou pouquíssimos minutos. - SEM NOTA
Ivonei: Atuou como primeiro volante e líbero. Não tem um poder de marcação forte. Foi substituído na segunda etapa. - 5,0
(Lucas Lourenço): Pouco tempo em campo. Foi notado ao receber um cartão amarelo. - SEM NOTA
Gabriel Pirani: Não conseguiu armar o time ou levar a bola até a frente. Tocou muita bola para trás. - 4,5
Ângelo: Sofreu com o vigor físico e a marcação dobrada do adversário. - 5,5
(Marcos Leonardo): Quase não pegou na bola. O Santos inexistiu no meio-campo. - 5,0
Kaio Jorge: Perdeu uma oportunidade, pouco antes do adversário marcar seu primeiro gol. Estava no lugar certo e demonstrou oportunismo para igualar o marcador, no fim da primeira etapa. No segundo tempo foi jogar como atacante do lado, que não é seu forte, com a entrada de Marcos Leonardo. - 6,0
Copete: Entrou no fim. - SEM NOTA
Lucas Braga: O melhor do time. O atacante mais lúcido. Se sacrificou demais ao ter que buscar a bola, no campo defensivo. - 6,5

Técnico: Márcio Araújo (auxiliar): Acompanhou passivamente seu time ser dominado e não conseguir quebrar as linhas do adversário. Meio-campo estatíco e lento. Repito, elenco com limitações em várias posições, clube endividado e gestão inexperiente no futebol. O ano vai ser muito difícil. - 4,5

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