Pico do Baepi: caminhe e chegue ao topo de Ilhabela!

Aplausos, gritos de euforia, muito cansaço... Desafio superado! Este é o sentimento de quem atinge os 1048 metros de altitude do Pico do Baepi

Bruna Vieira Guimarães
Publicado em 18/10/2018, às 08h54 - Atualizado em 23/12/2020, às 09h11

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Bruna Vieira Guimarães
Bruna Vieira Guimarães

Imagem acervo site

Escalar e atingir o topo do Pico do Baepi, em , é uma aventura inesquecível! Mas é preciso um preparo físico impecável e muita força de vontade também ajuda. A trilha, com 3,5 km de nível 4 (difícil), é percorrida em cerca de 3 horas, caminhando-se por sapezal e mata fechada.

O terreno do Parque Estadual de Ilhabela caracteriza-se por obstáculos naturais como troncos retorcidos, raízes, paredões íngremes e bambuzais, que exigem que o aventureiro engatinhe em alguns trechos e que se alternam com degraus firmemente ancorados e a prova de erosões.

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O esforço é grande e o suor escorre por todo o corpo, o coração ‘pula’ no peito, o cansaço é inevitável. Mas vale a pena! E como vale! Já lá em cima, bem no topo do Baepi, em dia claro e sem nebulosidade, dá para ver toda a parte urbana de Ilhabela, a baía de  com seu terminal petrolífero, Caraguatatuba e os prédios da Martin de Sá, partes de Ubatuba e da Serra do Mar.

O azul do céu e do mar, o verde da mata e o colorido das edificações .... Uma esplêndida paisagem em miniatura vista lá de cima. A brisa refresca o corpo e a mente. É momento de pensar na beleza da vida, na perfeição da natureza e no desafio superado.

No retorno, um tremor nas pernas pelo esforço excessivo, alguns escorregões e tombos são normais. A dica é pisar firme, com segurança, e percorrer os trechos mais íngremes com os pés na diagonal – a fim de evitar outros tombos e torções.

O percurso

Imagem acervo site

O início da trilha do Baepi fica a 3,5 km ao norte da balsa, em direção à Vila de Ilhabela. A partir deste ponto, dobra-se à direita na rua Araponga e sobe-se a ladeira que leva ao Morro da Cruz, trecho que pode ser feito de jipe. 

Nossa aventura começou bem de manhãzinha e quando chegamos à estrada de terra, acabou a moleza. Ali começa a trilha de cerca de 30 minutos a pé por um sapezal abafado. Na base do Baepi há o Mirante da Cruz, uma espécie de prévia da visão paradisíaca reservada para o final.

A partir daí, entra-se na mata fechada - mais fresca e úmida. Nas subidas ‘leves’ dá tempo de admirar a flora e a fauna do bioma Mata Atlântica. Com sorte, algumas arapongas, jacutingas, lagartos e outras aves endêmicas dão as boas-vindas aos aventureiros.

Durante esse primeiro percurso, passa-se por dois bancos de madeira colocados na mata para descanso. No local onde está terceiro banco, uma placa indica a altitude de 650 metros. Continue, persista, metade do caminho já foi percorrido!

O trecho mais crítico da trilha, um bambuzal emaranhado no qual é preciso passar agachado, depois descer por uma canaleta rochosa com pedras cobertas de musgo (os degraus, corrimãos e cordas colocados na década de 1990 -quando a trilha foi oficializada -  não existem mais), antecede a placa que marca 850 metros de altitude. 

A última placa anuncia “Parabéns! Agora que você conquistou o Pico do Baepi, seja mais um guardião desta floresta!”. Mas a visão de paraíso ainda não chegou. Calma, a placa não está fincada no topo, é preciso passar entre dois blocos de pedra e seguir à esquerda.

Imagem acervo site

Enfim, aproveite o visual para tirar muitas fotos do canal de São Sebastião! Dá para ver até a balsa que interliga Ilhabela ao continente.

Após admirar, apreciar, respirar e se alimentar, prepare-se para a descida. É um pouco mais rápida – cerca de 2 horas, porém o cuidado deve ser redobrado para evitar escorregões perigosos.

Dicas

-Vá com roupas leves e tênis antiaderente. Não esqueça o protetor solar e o repelente.

-Leve uma garrafa grande de água e alimentos leves como sanduíches naturais, frutas e barras de cereais.

-A reportagem da Beach&Co levou 2h10 para subir o pico e 1h50 para descer, contando a partir do final da rua de asfalto.

Bom saber

Percorra a trilha do Pico do Baepi acompanhado por guias das agências de turismo ou do Parque Estadual (que autoriza a subida). 

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