Fato aconteceu no último dia 18 de janeiro na praia da Enseada, em Bertioga. Soldado ouviu os gritos de socorro de uma das vítimas de dentro de seu apartamento
Esther Zancan
Publicado em 23/01/2023, às 13h26 - Atualizado às 16h05
Quem nasceu com o dom para salvar vidas não o deixa de lado nem nos momentos de folga. Prova disso é um caso que aconteceu na praia da Enseada, em Bertioga, litoral de São Paulo, na tarde do último dia 18 de janeiro.
O soldado do Corpo de Bombeiros, William Veja, de 25 anos, estava de folga quando, de dentro de seu apartamento, ouviu gritos de socorro e avistou uma mulher se afogando no mar.
William relatou que, ao sair na sacada de seu apartamento, viu uma senhora sendo arrastada pela correnteza. Neste momento, desceu pelo elevador do oitavo andar e já interfonou ao porteiro para que deixasse o portão aberto, para não perder nenhum segundo e chegar o mais rápido possível ao local.
Quando chegou até a vítima, o soldado conseguiu fazer o resgate juntamente com um guarda-vidas que já havia sido chamado por banhistas que testemunharam o afogamento, e portava um flutuador. A senhora foi retirada da água com grau 1 de afogamento (período inicial do afogamento, apresentando aspiração da água do mar e tosse). Em agradecimento, a senhora chegou a enviar uma mensagem ao comandante da unidade da qual William faz parte atualmente.
Enquanto entrava em contato com o Grupamento de Bombeiros Marítimo de Bertioga para informar sobre o fato, Willian avistou mais quatro pessoas pedindo socorro e sendo arrastadas pela correnteza.
“Elas estavam se segurando em uma pequena prancha de isopor e estavam sendo levadas pela correnteza. Chegando até elas pedi para que todas continuassem segurando na prancha e para ficarem calmas”, contou William em entrevista ao Portal Costa Norte. Ainda segundo William, ele foi rebocando as vítimas para um local seguro. Todas saíram do mar em boas condições, apenas apavoradas pelo susto do ocorrido.
William já trabalhou durante quatro anos como guarda-vidas em Bertioga. Atualmente ele atua na parte de combate à incêndios e resgates.
“Por mais que já tenha uma certa experiência, toda ocorrência tem seus perigos e sempre quando vou pra uma, eu tento ser frio, para que possa ir e ser uma solução para aquela pessoa que precisa de mim e, nesse momento não foi diferente. Por estar de folga não tinha comigo nenhum equipamento para auxiliar no salvamento, mas o espírito de ajudar sempre fala mais alto” disse o soldado, que para aquelas cinco pessoas, foi um verdadeiro herói.
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