GREVE DOS MOTORISTAS

O drama continua: sindicato tentará reverter justa causa imposta pela Viação Bertioga a motoristas

Órgão afirmou que vai tentar garantir que a Viação Bertioga pague aos motoristas demitidos as verbas rescisórias, salários e benefícios em atraso; representantes dos trabalhadores também articulam com o Executivo municipal contratação dos demitidos pela nova empresa

Da redação
Publicado em 15/10/2020, às 09h25 - Atualizado às 09h55

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Imagem O drama continua: sindicato tentará reverter justa causa imposta pela Viação Bertioga a motoristas

O Sindicato dos Trabalhadores em Transportes Rodoviários de Santos e Região (Sindrod) afirmou que “vai tentar reverter a justa causa dos motoristas e demais empregados da viação Bertioga demitidos nesta quarta-feira, 14”. A afirmação foi divulgada na noite de ontem, por meio de nota.

Segundo José Alberto Torres Simões, vice-presidente do órgão, o sindicato conversa com o prefeito para que a nova empresa que irá assumir o transporte público em Bertioga “contrate seus profissionais entre os demitidos”. O sindicato da categoria ainda afirmou que “o jurídico tenta, no TRT (tribunal regional do trabalho), reverter a justa causa, garantindo ao pessoal as verbas rescisórias, além dos salários e benefícios em atraso”.

Também na noite de ontem, o prefeito de Bertioga, Caio Matheus, anunciou em live em suas redes sociais que a assinou uma notificação que encerra o serviço da Viação Bertioga na cidade. O chefe do Executivo de Bertioga também anunciou contratação emergencial de uma concessionária substituta.    

A Viação Bertioga demitiu em massa, cerca de 80% dos 160 empregados, via mensagem de Whatsapp, no início da tarde de ontem alegando “greve abusiva”. A empresa demitiu os trabalhadores por justa causa. Quando um trabalhador é demitido por justa causa, ele perde grande parte dos valores a que teria direito numa demissão sem justa causa.   

Os trabalhadores estavam em greve desde sexta-feira, 9, reivindicando o pagamento do salário do mês atrasado. Era a oitava paralização do ano motivada por atrasos no pagamento. Os motoristas da empresa receberam R$ 177 reais da empresa no último mês. Alguns deles relataram que havia colegas passando fome. “Os trabalhadores veem há muito tempo atrasando aluguéis e contas de energia elétrica, água e alimentação. Muitos trabalhadores choraram quando foram avisados da demissão”, afirmou o sindicato.  

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