ORGULHO AMBIENTAL - SOBLOCO

Três escolas de Bertioga recebem prêmio Atitude Ambiental de 2021

Concurso promovido há 29 anos pela Sobloco Construtora mobilizou 13 escolas de Bertioga

Da redação
Publicado em 16/12/2021, às 18h43 - Atualizado em 17/12/2021, às 10h54

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Divulgação
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As escolas EM Giusfredo Santini, EM Professora Cristina dos Santos e a EE Maria Celeste Pereira Leite foram as vencedoras da 29ª edição do “Prêmio Atitude Ambiental”, promovido pelo Programa Clorofila de Educação Ambiental, da Sobloco Construtora, em Bertioga. 

Os resultados só foram divulgados em 16 de dezembro, dia em que aconteceu a premiação no resort Ilha da Madeira, na Riviera de São Lourenço. Por causa dos protocolos para a prevenção da Covid, a premiação reuniu apenas dois representantes de cada uma das 13 escolas participantes. 

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As escolas municipais Giusfredo Santini e Professora Cristina dos Santos foram destaque no tema “Plantas que curam” (proposto aos alunos do 1º ao 7º ano). Já a escola estadual Maria Celeste Pereira Leite foi agraciada pelo desenvolvimento do tema “Bertioga Sustentável” (que mobilizou estudantes do 8º ano do Ensino Fundamental II ao 3º ano do Ensino Médio). 

As 13 escolas participantes ganharam uma composteira ecopedagógica. Já as vencedoras receberam também prêmios que escolheram para a instituição de ensino: um pergolado (Maria Celeste), uma smart TV (Cristina dos Santos) e uma impressora multifuncional (Giusfredo). 

“Mais uma vez eu me surpreendi positivamente. Temíamos que, por causa da pandemia, a adesão fosse baixa. Porém, 13 instituições participaram, mostrando como nossa relação com as escolas é consolidada e como elas confiam, em termos educacionais, no nosso trabalho”, afirma Cristina Peres, educadora ambiental da Sobloco e coordenadora do Programa Clorofila.  

‘Houve multiplicação de saberes’

A professora-coordenadora da EM Giusfredo Santini, Kelly Pirani, contou que, apesar da sobrecarga imposta pelo sistema híbrido (com aulas presenciais e online), a participação no Prêmio Atitude Ambiental conseguiu mobilizar professores, alunos e pais. 

Os estudantes fizeram uma horta com plantas medicinais, cartazes explicando os benefícios das ervas e produziram um herbário. A escola recebeu a visita de uma bióloga para falar sobre o tema e de um indígena, como iniciativa no resgate do saber ancestral.  

Os alunos ainda promoveram um show de talentos inspirados pelo tema “Plantas que curam”, que foi apresentado para os pais e a comissão julgadora. Os convidados ainda degustaram chás e participaram de jogos para testar o conhecimento sobre o poder das ervas medicinais. 

“Houve uma sequência didática. E, por conta da forma híbrida, imposta pela pandemia, o que estava acontecendo na escola também acabou chegando até os pais e eles apreciaram muito o tema. Por isso, observamos um grande empenho da parte deles”, observa Kelly.   

A coordenadora afirma que a iniciativa teve frutos duradouros.

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O mais gratificante é ver o resultado do envolvimento dos pais. Até hoje eles falam dos chás e como estão se curando. Houve realmente uma multiplicação de saberes. Agradecemos muito à Sobloco por esse projeto”, ressalta.

‘Projeto ajuda a dar significado à aprendizagem’

A diretora Fátima Aparecida Dias Barreto contou que praticamente toda a E.M Cristina dos Santos se envolveu no desenvolvimento do tema “Plantas que curam”.

“Os alunos fizeram pesquisa com as famílias, um canteiro com ervas medicinais e montaram uma farmácia natural. Uma professora trabalhou com micro plantações. Os pais também se envolveram nas atividades, mandando mudinhas para escola”, conta Fátima. 

Segundo a diretora, a iniciativa de participar desta edição do concurso partiu de uma professora, mas a ideia ganhou força em outras turmas também. 

“As crianças se interessaram muito pelo tema. Isso as motivou a escrever, por exemplo, sobre o que os pais contaram a respeito das plantas medicinais. Esse projeto ajuda a dar significado para a aprendizagem”, afirmou a diretora.

Fátima observa que as escolas enfrentam o desafio de preparar as crianças a serem protagonistas na busca do conhecimento.

“Se engana quem pensa que o aluno só aprende se o professor encher a lousa de lição. A escola de hoje precisa ensinar a criança a ir atrás do conhecimento, ter protagonismo na busca do que a interessa e ir além. E esse projeto faz isso”, ressalta Fátima. 

‘Fiquei realizada’

A professora de biologia Lidia Souza de Oliveira Faria afirma que os alunos dos 6º e 7º anos da Escola Estadual Maria Aparecida ficaram muito motivados com o tema “Plantas que curam”.

Os estudantes fizeram um mini herbário, um livro de receitas e uma espécie de “caça ao tesouro” com ingredientes das receitas envolvendo os alunos especiais. 

“Os alunos se empolgaram muito com a valorização da cultura, do que é passado sobre as plantas para os filhos, netos. Uma aluna deu uma entrevista contando que a tataravó, a bisavó e a avó são curandeiras”, lembrou a professora. 

A professora observou que os alunos voltaram para a sala de aula desmotivados por causa da pandemia. “O mais difícil foi a falta de interesse. Por isso, eu fiquei realizada de vê-los se empolgando com o concurso. Valeu muito a pena participar”, afirma. 

‘Prêmio faz sair da zona de conforto’

Lívia Alves, estudante do Ensino Médio do Colégio Metodista, contou que o tema “Bertioga Sustentável” desafiou os alunos a refletirem sobre o futuro que eles querem para a cidade. 

Além de pensarem em projetos sustentáveis e inclusivos, os alunos fizeram um jornal televisivo, o “Jornal do Futuro”, em que eles narravam quais foram os impactos das iniciativas inovadoras implementadas após a edição deste ano do Prêmio Atitude Ambiental.

“Ao longo do trabalho entendemos que a discussão sobre uma cidade sustentável não se limitava às sugestões de iniciativas ambientais. Ela também passava por questões como gerar empregos, possibilitar mais acesso à cultura e promover a representatividade”, afirma Lívia.  

A aluna, que irá para o 3º ano em 2022, conta que o projeto levou seu grupo a pensar como eles podem contribuir positivamente para um futuro melhor para Bertioga.    

“O prêmio nos faz sair da zona de conforto e pensar no futuro que a gente quer. Mais do que isso: nos faz pensar como vamos colocar isso em prática. Eleger uma mulher como prefeita, um negro como vice, por exemplo, são passos importantes. Temos que fazer microrrevoluções dentro das nossas casas e iniciar a mudança.”

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Programa Clorofila

Além do Prêmio Atitude Ambiental, o Programa Clorofila de Educação Ambiental promove diversas frentes de trabalho, que compreendem a produção e manejo de hortas nas escolas, culinária saudável, cursos para jovens, professores e comunidade, plantios, campanhas, oficinas educativas e feiras de meio ambiente. A proposta é que o professor seja o grande agente disseminador de novos conceitos de sustentabilidade para o público-alvo das atividades.

Em 29 anos de vida, o Clorofila pode ser considerado um sucesso: atingiu – e contribuiu para mudar – diretamente mais de 20 mil estudantes e, indiretamente, seus familiares, amigos e vizinhos. Atualmente, o programa atua em 25 escolas, também chamadas de “parceiras”.

Em 2009, a Prefeitura de Bertioga formalizou uma parceria entre o programa e a Secretaria de Educação, que foi fundamental para o município conquistar o Selo Verde Azul, concedido pelo governo do Estado.

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