Proposta de lei visa penalizar responsáveis por congestionamentos, assim, amenizar transtornos e buscar soluções em conjunto
A Serra do Mar é a porta de entrada para o porto de Santos. Os caminhões que descem e acessam o polo petroquímico de Cubatão, e as cidades da Baixada Santista, têm uma bela visão no caminho, mas, muitas vezes, quando chegam, travam em congestionamentos e trânsito carregado. Um acesso mais organizado é a busca da Autoridade Portuária de Santos, prefeitura de Cubatão e representantes de terminais portuários.
Reunião entre estas instituições e a Ecovias foi realizada na terça-feira (9) para elaborar soluções em conjunto, para organizar a chegada destes veículos. Foi unânime a conclusão de que a falta de estacionamentos prejudica ainda mais este fluxo. De acordo com o prefeito Ademário Oliveira, uma série de reuniões será feita, para tentar buscar meios de amenizar e resolver os problemas. "Temos que discutir soluções em conjunto para resolver este problema que gera muitos transtornos para os moradores e atrapalham o fluxo nas cidades".
Moradores da cidade reclamam, com frequência, da dificuldade em se deslocar para cidades vizinhas. Inclusive, existe uma ação do Ministério Público, motivada pela dificuldade de a Polícia Militar Rodoviária garantir a fluidez e segurança nas estradas da região.
Por meio de nota, a prefeitura de Cubatão informou que “antes do encontro, a prefeitura de Cubatão já havia promovido reuniões com pátios reguladores e logísticos, polícias militar e rodoviária, Associação de Caminhoneiros, prestadores de serviços às margens das rodovias, Ciesp, empresas do polo, Autoridade Portuária, prefeitura de Santos e todos os agentes identificados que sofrem com o problema. Mas, muitas vezes, estes envolvidos têm responsabilidade direta sobre o que acontece”.
A prefeitura reforça ainda que, “na prática, todos foram chamados à mesa para apresentar sugestões e reconhecer a parcela de responsabilidade na busca de soluções para o problema dos congestionamentos. Cubatão propôs uma lei, que passe a considerar a responsabilidade solidária, e aplicará penalidades não apenas aos veículos, mas também aos pátios e receptores de carga”.
Já a Autoridade Portuária de Santos explica que tem propostas no sentido de disciplinar e tornar mais rápido o atendimento dos caminhões que chegam nas retroáreas. De acordo com o presidente da APS, Anderson Pomini, foi colocado à disposição o sistema tecnológico que a APS utiliza na área do porto organizado, em Santos. “Podemos compartilhar esta tecnologia, sempre de acordo com o que for consensuado entre todos os envolvidos”.
Os representantes do Ecoporto/Ecopátio, BTP, prefeituras de Cubatão e Santos, Ecovias e APS comprometeram-se em buscar dados mais precisos junto aos caminhoneiros que acessam as retroáreas, fora do porto organizado, de modo a buscar soluções a serem definidas no próximo encontro, em data ainda a ser agendada. Também serão convidados Polícia Rodoviária, caminhoneiros e responsáveis pelas retroáreas.