Cidade possui belezas naturais que a distinguem no cenário nacional, aperfeiçoadas por uma completa infraestrutura de serviços
Redação
Publicado em 11/04/2024, às 16h50 - Atualizado às 17h02
Moldada de forma a atender a elite paulistana no século XIX, Guarujá, no litoral paulista, adaptou-se muito bem às expectativas dos turistas mais exigentes, especialmente aqueles que querem contato com a natureza, proximidade com o mar, mas não dispensam o conforto e luxo das grandes cidades.
Assim, primorosa em sua rede hoteleira, gastronômica e de serviços, mas com a alma natural conservada, a cidade localizada na ilha de Santo Amaro figura no mapa dos destinos mais glamorosos do país. Aconchegante, exagerada em belezas naturais e acolhedora o ano inteiro, oferece 27 opções de praias que, juntas, totalizam 18.400 metros de costa margeada por águas cristalinas e areias brancas. As opções são variadas; pode-se escolher entre requinte, badalação e rusticidade. Mas, nem só de praias vive o turismo da grande ilha.
A área central reúne as mais badaladas praias do litoral paulista. Enseada, Pitangueiras, Astúrias, Tombo e Guaiúba formam um harmônico conjunto de belas paisagens naturais, aliado a uma estrutura de alto padrão para compras, esportes náuticos, turismo de negócios e lazer dia e noite.
Click aqui para seguir nosso canal no WhatsApp
Nas tardes de sol, no auge do verão, ou mesmo do nosso ameno inverno, a paisagem convida para longas caminhadas ou uma corridinha, condições propícias para apreciar a orla e as ruas próximas, arborizadas. Há muito mais: sentir a brisa do mar, descobrir o requinte de lojas de grife, o charme de butiques e galerias e conhecer um dos shoppings dotados de uma das mais belas vistas do litoral, uma vez que fica de frente para o mar.
E que tal apreciar parte desta bela ilha do alto e ainda produzir belas fotos, aquela selfie especial? O desejo é possível a partir de mirantes com estruturas impecáveis e localizações que também merecem a visita: Astúrias e Pitangueiras.
O Mirante das Galhetas, nas Astúrias, possui piso de vidro suspenso a 45 metros do nível do mar e deque de madeira com 2,5 metros de largura e quatro metros de comprimento. A vista que se descortina é da bela praia do Tombo. O acesso é a partir da rua Alexandre Migues Rodrigues, próximo ao mercado do peixe da praia das Astúrias.
Outra opção é o Mirante da Campina, localizado no morro da Campina, também conhecido como morro do Maluf, entre as praias de Pitangueiras e Enseada. No local, há um deque com três metros de largura e quatro metros de comprimento.
Além do apelo visual, da vista do mar e da orla da praia da Enseada, o mirante também é ponto de encontro dos amantes de atividades radicais, como o voo livre e rapel, e de música, com apresentações musicais solo, de instrumentistas da Orquestra Municipal de Guarujá, no projeto Música no Mirante, nos finais de semana. O acesso é a partir da praia da Enseada.
Nesta região vale uma parada no píer Tony Villela, no final da praia da Enseada. A partir do deque, é possível contemplar a orla.
Imperdível, também, é o Acqua Mundo, o maior aquário de água salgada da América do Sul, localizado na praia da Enseada (avenida Miguel Estefno, 2.001 - Jardim Tres Marias). Com mais de 230 espécies em exposição, incluindo tubarões e pinguins, o aquário possui lanchonete e loja temática, um passeio educativo para toda a família, que pode ser uma opção de passeio para dias de chuva no Guarujá. Mais informações sobre horários e agendamentos: (13) 3398 3000.
E quando a noite chega muitas são as portas que se abrem para receber aqueles que apreciam a vida noturna. De ponta a ponta, a cidade oferece inúmeras opções de locais para dançar, beber, curtir os amigos ou um grande amor.
Para quem quer muitas oportunidades num único lugar, a rua Rio de Janeiro, na praia das Pitangueiras, oferece atrações imperdíveis num mesmo local. Alguns poucos metros de puro e diversificado prazer gastronômico. Há bares charmosos, típicos das mais diversas nacionalidades. A quantidade e qualidade de ofertas fazem desse espaço um lugar onde todos os públicos se misturam, desde os mais jovens, aos mais maduros, que procuram um bar calmo com boa música.
Muitos não sabem que Guarujá é uma ilha, aliás, a maior do estado de São Paulo. E sua geografia lembra a figura de um dragão. Pois é no rabo (ao norte) e na cabeça (ao sul) deste dragão, que estão localizadas suas áreas mais preservadas, as praias menos frequentadas e monumentos históricos reconhecidos como Patrimônio Histórico Nacional pelo Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (Iphan).
No extremo norte, na divisa com Bertioga, está a Serra do Guararu, uma das últimas porções de dimensões significativas em bom estado de conservação de Mata Atlântica. São cerca de 2.100 hectares tombados como patrimônio natural e cultural do estado de São Paulo, desde 1992, pelo Conselho de Defesa do Patrimônio Histórico, Arquitetônico e Arqueológico do Estado.
Nela figuram os luxuosos condomínios Iporanga, Tijocopava, Sítio São Pedro e Taguaíba, com belas praias e acesso pela estrada Ariosvaldo de Almeida Viana (estrada Guarujá-Bertioga). Mas é lá também que estão escondidas três pérolas da cidade, as belas Prainha Branca (habitada por uma comunidade tradicional), com acesso por mar ou trilha (com início ao lado da saída da travessia Guarujá-Bertioga), e suas vizinhas praia Preta e Camburizinho, ambas acessadas por mar ou trilhas a partir da Prainha Branca.
Nesta região, às margens do canal de Bertioga, também encontram-se três ruínas de momentos marcantes da história inicial do país:
O acesso é por trilha com início logo após a saída da travessia Guarujá-Bertioga (avenida Ariosvaldo de Almeida Viana). Atenção: siga pela trilha natural beirando a margem do canal de Bertioga; a parte da trilha calçada, que sobe, leva para a Prainha Branca.
Na cabeça (na divisa com Santos) estão as praias do Góes (habitada por comunidade tradicional), com acesso por mar ou trilha a partir da praia de Santa Cruz dos Navegantes; e as desertas Cheira Limão, do Sangava e Saco do Major (todas acessadas por trilha a partir da praia do Góes).
A região também é contemplada por um monumento histórico muito bem conservado e aberto à visitação, a Fortaleza de Santo Amaro da Barra Grande, construída no século XVI, durante o domínio espanhol. Inaugurada em 1584, ela foi erguida logo após um ataque do corsário inglês Edward Fenton, e teve papel fundamental na defesa da baia de Santos na época das invasões piratas.
Está aberta para visitação de terça a sexta-feira, das 9 às 17 horas; aos sábados, das 10 às 16 horas; e, aos domingos, das 9 às 15 horas. Para o agendamento de visitas e outras informações o telefone é (13) 3384 6194.
O acesso é pela estrada Santa Cruz dos Navegantes, na rua Messias Borges, 380 - entre a praia do Góes e a de Santa Cruz dos Navegantes. Vindo de Santos, é possível pegar as barcas que partem da ponte Edgar Perdigão, na Ponta da Praia.
Ano passado, Guarujá recebeu, pela quarta vez consecutiva, o prêmio Top Destinos Turísticos, concedido pela Associação dos Dirigentes de Vendas e Marketing do Brasil (ADVB) e da SKÅL Internacional São Paulo. É um prêmio auditado pela Russel BedFord Brasil, que tem como objetivo reconhecer as cidades que investem e acreditam no turismo como um potencial gerador de riqueza e autoestima da população e seus visitantes.
O atual secretário de turismo da cidade, Nilson Menezes dos Santos, comemora os títulos e destaca o potencial da cidade. "Vencemos três vezes na categoria Turismo de Sol e Praia e uma vez na categoria Turismo Náutico. Todos os anos, a população da cidade chega a quadruplicar no pico da temporada de verão, chegando a atingir mais de 1,2 milhão de pessoas. A ocupação hoteleira também bate recordes nos feriados prolongados no decorrer do ano, inclusive na baixa temporada, sendo superior a 70%. Requisitada por abrigar 27 belas praias, além de 28 marinas, a nossa Pérola do Atlântico é, sem dúvida, um dos destinos favoritos no estado de São Paulo".
Para receber todo essa massa de gente a cidade precisa estar bem preparada, e é isso que confirma o Sindicato de Hotéis, Restaurantes, Bares e Similares da Baixada Santista e Vale do Ribeira (Sinhores), que contabiliza 123 estabelecimentos, entre hotéis e pousadas e 1.570 estabelecimentos ligados à alimentação no Guarujá.
Para o presidente do sindicato, Heitor Gonzalez, o Guarujá é uma cidade que sempre foi um polo do turismo na região. "É um município cheio de atrativos para os veranistas, seja por conta das belas praias, hotéis 5 estrelas ou pela natureza. Tudo isso contribuiu para que se tornasse a Pérola do Atlântico".
Guarujá fica na região da Baixada Santista, sul do litoral paulista. Faz divisa com as cidades de Santos e Bertioga e com o oceano Atlântico. O acesso terrestre a partir de São Paulo é a SP-160 (rodovia dos Imigrantes) até a saída 57-B, depois segue-se pela SP-055 (rodovia Cônego Domênico Rangoni). Para quem está mais no extremo leste da capital paulista as estradas viáveis são a SP-98 (Mogi-Bertioga) e SP-55 (rodovia Rio-Santos), esta última também para quem está no litoral norte.
O acesso marítimo para quem está em Santos é a partir da travessia do estuário santista por meio da balsa, na travessia Santos-Guarujá (partida da avenida Almirante Saldanha da Gama - Ponta da Praia e chegada na avenida Ademar de Barros, no Jardim São José). Já para quem está em Bertioga, a balsa de travessia parte da avenida Henrique Costábille e chega na rodovia Ariosvaldo de Almeida Viana.
As travessias para pedestres são quatro, em Santos. Duas de responsabilidade do governo do estado: uma parte da praça da República ao lado da Alfândega, no centro da cidade, com destino à estação das barcas no distrito de Vicente de Carvalho; outra da Ponta da Praia, com destino ao terminal de ônibus no ferry boat.
As outras duas são administradas por associações: Associação dos Mestres Regionais Autônomos do Porto de Santos (catraia) - parte da Bacia do Mercado de Santos com destino à estação das barcas no distrito de Vicente de Carvalho; a outra (Mestres Autônomos da Praia do Goés), parte da Ponte Edgard Perdigão, em Santos, com destino à praia do Góes e Fortaleza da Barra Grande.
A ilha foi descoberta pela elite paulistana em 1893, graças ao engenheiro Elias Pacheco Jordão, que vislumbrou em suas belas paisagens, o potencial turístico do local. Fundou, então, uma vila balneária e importou, dos Estados Unidos, um hotel, uma igreja, um cassino e 46 chalés residenciais. O título de Estância Balneária veio em 1934, o boom imobiliário foi iniciado em 1946 e a crescente demanda de turistas a partir da década de 1970.
Atualmente, a Pérola do Atlântico vive um novo panorama de desenvolvimento no setor turístico por meio de dois projetos de peso ligados ao acesso: a abertura do Aeroporto Civil Metropolitano e a ligação com a vizinha Santos por meio de túnel submerso.
