OPERAÇÃO ESCUDO

Jair Bolsonaro doa R$ 100 mil para viúva de PM assassinado em Guarujá (SP)

Bolsonaro teria feito duas transferências de R$ 50 mil, via Pix, depois de uma conversa telefônica com a viúva

Da redação
Publicado em 12/08/2023, às 11h28 - Atualizado em 14/08/2023, às 09h09

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© Polícia Civil de
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O ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) fez uma doação de R$ 100 mil para a viúva do soldado Patrick Bastos Reis, membro da Rondas Ostensivas Tobias de Aguiar (Rota), que foi assassinado no dia 27 de julho durante uma operação no Guarujá, litoral de São Paulo.

Segundo revelou o colunista Lauro Jardim, do O Globo, Bolsonaro teria feito duas transferências de R$ 50 mil, via Pix, na segunda-feira (7) e na terça-feira (8), depois de uma conversa telefônica com a viúva.

A informação foi confirmada pelo filho 01 do ex-presidente, senador Flávio Bolsonaro (PL-RJ), em uma rede social. Até o momento, Jair Bolsonaro não se pronunciou publicamente sobre a doação.

"Parabéns ao presidente Jair Messias Bolsonaro pela iniciativa de doar R$ 100 mil para a viúva do soldado da PM da Rota Patrick Bastos Reis, assassinado na operação na Baixada Santista no dia 27 de julho", escreveu o senador na publicação.

A reportagem não conseguiu entrar em contato com a viúva do soldado Patrick Bastos Reis para obter seu posicionamento em relação à doação. O espaço permanece aberto para manifestações por parte da família enlutada.

Assassinato e desdobramentos

Agentes foram alvejados durante patrulhamento perto de túnel da Vila Zilda Morte de PM (Arquivo pessoal / Carlos Abelha)

Patrick Bastos Reis, de 30 anos, perdeu a vida durante uma ação policial na biqueira da Seringueira, localizada no Guarujá, em 27 de julho. Durante a operação, uma viatura da Rota foi alvo de disparos ao manobrar nas proximidades do ponto de tráfico de drogas.

De acordo com as investigações da Polícia Civil, o autor do disparo fatal que vitimou o policial é Erickson David da Silva, conhecido como "Deivinho", de 28 anos. Segundo as autoridades, Deivinho atuava como segurança da boca de fumo. Embora ele admita estar presente no local no momento do crime, nega ter apertado o gatilho.

Além de Deivinho, outros dois homens também foram indiciados. Marco Antônio de Assis Silva, apelidado de "Mazaropi", e Kauã Jazon da Silva, irmão de Deivinho, foram implicados nas investigações. Segundo as autoridades, eles dividiam responsabilidades e não fizeram nada para evitar a ação de Deivinho.

Trio responsável pela morte do soldado da rota está preso desde o inicio de agosto Acusados de assassinado de PM da Rota (Reprodução PC)

Na segunda-feira, 7 de agosto, o Ministério Público de São Paulo (MPSP) aceitou a versão policial dos acontecimentos e apresentou denúncia contra os três acusados. No entanto, o MPSP solicitou uma série de diligências adicionais, incluindo a realização de um confronto balístico.

A juíza Denise Gomes Bezerra Mota, da 1ª Vara Criminal do Guarujá, avaliou que havia evidências de autoria e acatou a denúncia do MPSP. Ela também concordou em manter os três acusados detidos preventivamente, destacando a ligação deles com atividades criminosas e a ameaça que representariam para a ordem pública.

Operação Escudo

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A Operação Escudo, iniciada como resposta ao assassinato do soldado Reis, já registrou 16 óbitos, 313 prisões (sendo 113 em cumprimento a mandados de busca) e a apreensão de 15 adolescentes.

Além disso, foram confiscadas 44 armas de fogo e quase uma tonelada de substâncias entorpecentes na Baixada Santista. Megaoperação policial, terá duração de ao menos 30 dias segundo o secretário da segurança pública de São Paulo, Guilherme Derrite.

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