ESCOLA NA PRAINHA

Protesto: moradores da Prainha Branca vão à prefeitura contra fechamento de escola

Alunos da Escola Rural da Prainha Branca estão sem aulas desde o início do ano letivo; prefeito se reuniu com membros da Associação de Moradores da Prainha Branca e pais de alunos afirmando que não cogita o fechamento da escola

Lenildo Silva
Publicado em 12/04/2023, às 10h44 - Atualizado às 14h19

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Membros da Associação de Moradores da Prainha Branca e pais de alunos reivindicam educação Protesto Prainha Branca - Fotos: Claudenice
Membros da Associação de Moradores da Prainha Branca e pais de alunos reivindicam educação Protesto Prainha Branca - Fotos: Claudenice

Moradores da Prainha Branca, localizada em Guarujá, realizaram um protesto na manhã de ontem (11) em frente a prefeitura da cidade. Eles pedem a manutenção da Escola Rural da Prainha Branca, que está sem aulas desde o início do ano letivo por falta de professores.

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Por volta das 10h, os moradores compareceram na prefeitura, na Vila Santo Antônio, com gritos de guerra, apitos, panelaço e cartazes com os dizeres: “Prainha Branca pede o retorno das aulas, prefeito cadê você?”, "Nós da comunidade Prainha Branca queremos respeito” e “A comunidade tradicional Prainha Branca pede educação e respeito pelas nossas crianças”

Segundo informações obtidas pela reportagem do Portal Costa Norte, representantes da prefeitura teriam informado aos pais que não havia professores para dar aula na comunidade e que os alunos deveriam ir para as escolas do bairro Perequê, que fica a 17 km da Prainha Branca.

prefeito afirmou que está trabalhando para designar um educador para a comunidade Protestos na Prainha Branca (Fotos: Claudenice)

De acordo com a presidente da Sociedade Amigos da Prainha Branca, Claudenice, o secretário teria dito a ela que "não tem professor, pronto e acabou", o que gerou insatisfação por parte dos moradores, uma vez que as crianças da região estão sem aulas desde o início do ano letivo.

Atualmente, apenas cinco crianças estão matriculadas na escola, mas a expectativa é que o número aumente no próximo ano. A falta de professores tem preocupado os moradores, que não querem se deslocar até Perequê, a 14 km, ou atravessar a balsa até Bertioga para levar as crianças à escola mais próxima.

Ainda de acordo com a presidente, além da distância, a situação se agrava pelas dificuldades de acesso à região, pois os alunos têm que andar 2 km de trilha até chegar na estrada que dá acesso a balsa e ao ponto de ônibus, o que torna inviável o transporte diário das crianças. Por isso, os moradores reivindicam a manutenção da unidade escolar local e o envio urgente de professor.

Veja o vídeo

O que diz a prefeitura

Por meio de nota enviada à reportagem, a prefeitura de Guarujá afirmou que não cogita o fechamento da sala de aula na Prainha Branca e que está trabalhando para designar um educador para a comunidade.

“A prefeitura dedicou os últimos meses à tarefa de designar um educador para a comunidade. Porém, considerando a logística e a complexidade de acessos ao local, o município ainda não obteve êxito. Esse trabalho será intensificado considerando que, neste momento, o município realiza o chamamento dos professores aprovados em concurso público”, disse a administração municipal.

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A posição da prefeitura foi anunciada em reunião no final da tarde de ontem entre o prefeito Válter Suman (PSD), secretários municipais, membros da Associação de Moradores da Prainha Branca e pais de alunos.

Os moradores da Prainha Branca prometem continuar lutando pela manutenção da escola e pelo direito à educação para as crianças da comunidade.

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