Vice no Open México por apenas dois centésimos teve o melhor desempenho da carreira e recebeu elogios do maior da história: “Tem o backside mais letal do Circuito”
Da redação
Publicado em 14/08/2021, às 10h04 - Atualizado às 10h13
Pouco antes de começar a final da etapa mexicana do Circuito Mundial de Surfe, em Barra de La Cruz, Kelly Slater já tinha avisado: “O Deivid Silva tem o backside mais letal do Circuito”. O elogio do maior surfista da história não foi à toa.
Na melhor temporada da carreira, o brasileiro, conhecido como DVD, terminou o ano na 14ª posição do ranking 2021 e fez uma final digna de campeão, nesta sexta-feira, 13, sem demérito algum ao merecedor Jack Robinson (AUS), que ficou com título da etapa com a somatória de 16.16 a 15.14.
A diferença por apenas dois centésimos em um esporte radical de julgamento interpretativo leva a crer que sim, o título poderia ter ficado com o guarujaense da Prainha Branca, mas não dessa vez. Ficou o melhor desempenho ao longo de três temporadas e as duas melhores classificações em uma única etapa, a outra tinha sido nas quartas de final em Newcastle, na Austrália, em abril.
"Não tenho palavras para descrever esse momento. Só quero agradecer a Deus por tudo, pela oportunidade de estar nessa final e de poder mostrar meu surf. Quero agradecer a todos meus patrocinadores por acreditarem no meu trabalho. A toda minha família, minha esposa, e a todos vocês que ficaram na torcida", disse ele pouco depois da final.
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Quinze anos depois de um dos melhores eventos da história da WSL, em Barra de La Cru, DVD distribuiu as já esperadas marretadas de backside, e foi uma atrás da outra:
O backside afiado de Deivid que vem chamando a atenção desde a estreia dele no Championship Tour, em dezembro de 2020, se repetiu em maior escala e se encaixou bem nas prolongadas direitas do point break (fundo de pedras) mexicano. Foi uma marretada atrás da outra.
A combinação do brasileiro foi de 7.27 + 7,87, mas independente da avaliação dos árbitros, a postura séria com o resultado e, principalmente, o desempenho na água levam a crer que um campeão ali se forma.
No vídeo abaixo se vê a união dos atletas brasileiros, quando ele precisou trocar de prancha.
Trajetória
Para chegar a esta que foi a primeira final da carreira, DVD passou por nomes de peso como os campeões mundiais Gabriel Medina e Mineirinho, e os estrangeiros Leonardo Fioravanti (ITA) e Kolohe Andino (EUA).
Esta também foi a despedida de Mineirinho
O único atleta campeão das três categorias em disputa pela WSL (Júnior, QS e WT), o também guarujaense Adriano de Souza – o Mineirinho, de 34 anos, se despediu do Tour de forma emocionante , sendo carregado pelos brasileiros.
O capitão da Brazilian Storm disputou a divisão de elite desde 2006 e sagrou-se campeão em 2015.
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