Idosa de 75 anos foi ludibriada pelo criminoso e teve um prejuízo de R$ 3 mil; suspeito foi indiciado por estelionato
Um homem de 60 anos, suspeito de praticar o “golpe do bilhete premiado”, contra uma idosa de 75 anos em Itanhaém, no litoral de São Paulo, foi identificado por policiais civis da Delegacia de Investigações Gerais (DIG) de Itanhaém e indiciado por estelionato.
Segundo informou a Polícia Civil à reportagem do Portal Costa Norte, a vítima sofreu um prejuízo de R$ 3 mil após ser ludibriada pelo suspeito que estava acompanhado de uma mulher. Eles acompanharam a vítima até a lotérica e a sua residência para entrega do dinheiro.
Desde que a ocorrência foi registrada pela idosa, na última quarta-feira (31), os investigadores realizaram as diligências e conseguiram identificar o autor do crime e no dia seguinte (01), ele foi conduzido até a Delegacia, onde foi indiciado pela prática de crime de estelionato.
Ainda de acordo com a Polícia Civil, as ações em combate a crimes contra idosos continuam. Informações que auxiliem podem ser repassadas através do telefone 181 (Disque Denúncia) ou por meio do 190 da Polícia Militar.
Os criminosos que aplicam o golpe do bilhete premiado usam uma técnica chamada de engenharia social. O termo ficou conhecido em golpes digitais, nos quais as vítimas são manipuladas por golpistas ardilosos e persuasivos que as convencem a fornecer a eles informações e dados pessoais e bancários.
No caso do bilhete premiado, a abordagem costuma ser na rua, visando uma vítima que está no seu bairro ou local de trabalho próximo. Apesar de parecer um encontro casual, o criminoso seleciona bem a vítima. O perfil costuma ser de um idoso, com autonomia de rotina, que esteja sozinho.
A primeira conversa é informal, como um pedido de informação sobre o endereço da Caixa Econômica Federal mais próxima. Na sequência, o tom fica mais confessional, o criminoso conta para a vítima uma situação de dificuldade que está passando ao mesmo tempo em que tirou a sorte grande.
Ao contar que está com um bilhete premiado para retirar um valor em dinheiro no banco, o golpista mostra o documento com o comprovante dos números sorteados. Na maior parte dos casos, o bilhete é forjado com o número que realmente ganhou. Assim, o documento para comprovar o sorteio não precisa ser falsificado.
Uma das estratégias é pedir à vítima que ela mesma confira no site da Caixa Econômica, no celular, se os números ganhadores são mesmo os do bilhete que o criminoso tem em mãos. Ao confirmar que os números correspondem, o golpista pede à vítima que a acompanhe até o banco.
Neste ponto começa a dramatização, que pode envolver um familiar no hospital que o espera, a falta de tempo, horário do ônibus para o Interior, perda de documentos necessários para retirar o dinheiro e outras justificativas no âmbito emocional. Depois de muita conversa amigável, o golpista propõe a venda do bilhete por um valor menor do que o “prêmio sorteado”.
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