ANIMAIS EXÓTICOS NO LITORAL

Belíssima cobra da espécie Erythrolamprus miliaris é fotografada em residência de Peruíbe

Mais conhecida como cobra d’água, serpente não peçonhenta visitou quintal de morador no litoral de São Paulo; chuvas intensas e recorde de calor podem ter favorecido na aparição frequente de animais silvestres na região

Da redação
Publicado em 02/02/2022, às 09h11 - Atualizado em 03/05/2022, às 10h54

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Mais conhecida como cobra D’água, a belíssima serpente não peçonhenta visitou quintal de morador no litoral de São Paulo Aparição de serpente em Peruíbe - Rafael Contrera Calveche
Mais conhecida como cobra D’água, a belíssima serpente não peçonhenta visitou quintal de morador no litoral de São Paulo Aparição de serpente em Peruíbe - Rafael Contrera Calveche

Após registros de sapo, falsa cobra coral e centenas de caranguejos-uça, imagens da serpente Erythrolamprus miliaris, popularmente conhecida por cobra d'água, foi fotografada, no ultimo fim de semana, em uma residência de Peruíbe, no litoral de São Paulo.

O morador Rafael Contrera Calveche se deparou com a belíssima cobra passeando em seu quintal no domingo (30) e não pensou duas vezes ao fotografar o animal trepado em uma arvore de sua residência.

Belíssima cobra da espécie erythrolamprus miliaris é fotografada em residência de Peruíbe Aparição de serpente em Peruíbe (Rafael Contrera Calveche)

A sequência de imagens foi divulgada nas redes sociais do peruibense e viralizou em um grupo da cidade. Ao publicar as imagens, no calor da emoção, ele disse que era uma cobra caninana que havia entrado em seu quintal. “Preciso capturá-la e soltar longe das casas. Pior que ela é bravinha e terei que me virar nos 30”, escreveu.

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Entretanto, o biólogo Thiago Malpighi, da Secretaria de Meio Ambiente e Agricultura de Peruíbe, reconheceu a serpente pelas imagens e afirmou que era uma cobra d’água e que a bonitona das imagens não é peçonhenta. Rafael então disse que iria acionar a Polícia Ambiental para manusear a serpente para deixá-la em uma local tranquilo longe de sua residência.

O flagrante da cobra d’agua foi no bairro Guaraú que é rico em diversidade e preservação ambiental, pois abriga a Estação Ecológica Juréia-Itatins - unidade de conservação brasileira de proteção integral à natureza. Por esse motivo a região abriga tantas espécies nativas da Mata Atlântica.

Qual é o perigo da cobra d’água?

De acordo com especialistas da FioCruz, essas serpentes podem chegar até de 65cm de comprimento e são excelentes nadadoras. Caçam em lagoas e pequenos rios, geralmente pela manhã. Esta serpente é uma espécie muito dócil quando juvenil e geralmente foge ao perturbada, já quando adulta pode ficar muito nervosa e avançar para se proteger.

Imagens da serpente Erythrolamprus miliaris, popularmente conhecida por cobra d'água Aparição de cobra d'agua em Peruíbe (Reprodução Celso Correia)

Qual cor é a da cobra d’água?

Há centenas de espécies de cobras-d’água na natureza. Algumas vivem no chão, outras tantas tem hábitos arborícolas (vivem em árvores) e algumas são semi-aquáticas. Porém, na região da Mata Atlântica é mais comum encontrá-la no padrão amarelo com preto, enquanto no cerrado é mais comum o esverdeado com preto.

Quais são as cobras d’água?

Nas Américas, apenas uma espécie de cobra d’agua é venenosa. O seu nome é mocassim de água de algodão. Mocassins de água ou “Cottonmouth” são tão letais quanto cascavéis e cabeças de cobre. Seu ataque costuma ser mortal. Durante o bote, suas mandíbulas se fecham muito rapidamente e com uma força colossal.

Seu nome guarda relação com um hábito curioso, que é se deitar com a cabeça aberta, mostrando seu interior. E embora essa seja uma espécie cujo veneno é letal, os mocassins de água são considerados bastante dóceis por biólogos.

Animais exóticos no litoral

As aparições de serpentes na região urbana do litoral paulista teve um aumento após as fortes mudanças de tempo na região. A chuvas intensas no início do ano e o recorde de calor podem ter interferido na fauna caiçara e os animais exóticos puderam ser vistos com frequência.  

Além das serpentes, um outro animalzinho exótico e raro na região fez um grande sucesso ao ser visto em Ubatuba, no Litoral Norte de São Paulo. Um vídeo publicado no Facebook mostrou um flagrante raro de se ver na Mata Atlântica.

Um homem apareceu com um animal conhecido como cuíca-de-três-listras em sua mão. Também conhecido como catita, o bichinho chamou a atenção pelo seu tamanho diminuto.

O que fazer ao flagrar um animal silvestre?

Ao se deparar com um animal silvestre, a primeira recomendação é ligar para o Corpo de Bombeiros ou para a Polícia Militar Ambiental. As duas entidades possuem agentes preparados para lidar com a situação.

PM Ambiental pelo telefone (12) 3842-0123 no Litoral Norte ou nos telefones (13) 3348-4774 e (13) 3853-5750 para quem está na Baixada Santista ou Vale do Ribeira. A identificação não é necessária. Já o contato do Corpo de Bombeiros é o 193.

A PM Ambiental alerta que, na época do calor, esses animais ficam mais ativos e o manuseio por pessoas despreparadas podem estressar os animais, que por sua vez podem partir para o ataque para se defender e ressalta que somente as autoridades competentes pode realizar o resgate com segurança, tanto para o animal quanto para as pessoas envolvidas na situação.

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