“Supermosca” é encontrada em Peruíbe

Um inseto encontrado semana passada por um morador de Peruíbe, no litoral sul de São Paulo, pode vir a se tornar uma praga florestal e agrícola. 

A ‘supermosca” foi achada já agonizando, no bairro Guaraú, próximo à Estação Ecológica Juréia-Itatins.

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O morador decidiu levar seu achado para pesquisadores da área da Juréia  para que esses pudessem identificar o estranho inseto. Segundo o biólogo Edson Ventura, do Instituto Ambiecco, trata-se de uma mosca-da-madeira, uma das maiores moscas do mundo.

O inseto será enviado para o Instituto Biológico, em São Paulo, para identificação e também para ser catalogado.

Mosca-da-madeira

Ventura explicou que raramente a mosca-da-madeira é encontrada em agrupamentos urbanos e que ela é pouco estudada no Brasil.

A alimentação da “supermosca” é constituída por tecidos moles e duros de árvores. Ela perfura desde as raízes até o tronco. 

Uma curiosidade da espécie é que sua vida no estado de larva é mais longa do que na fase de mosca. Quando ganha as asas, ela vive somente até a procriação.

A primeira vez que uma mosca-da-madeira apareceu em Peruíbe foi em 2018, também no bairro Guaraú. A “supermosca” já foi encontrada em outros estados do Brasil. 

As larvas da mosca-da-madeira vivem em árvores vivas ou mortas e elas se alimentam da matéria orgânica acumulada ou dos produtos da fermentação da madeira. Os individuos adultos apenas se dedicam à reprodução.

Praga

A mosca-da-madeira tem um potencial para se transformar em uma praga agrícola. Tanto que a Embrapa (Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária) incluiu em seu Novo Manual de Pragas Florestais Brasileiras um capítulo sobre a “supermosca”.

Ventura diz que, apesar de a mosca-da-madeira ter poder de vir a se tornar uma praga, ela é inofensiva ao ser humano. Isso acontece porque elas não são portadoras de doenças e não oferecem riscos à saúde.

*Com informações de Portal UOL

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