Chuvas das últimas 24 horas deixaram terreno onde serão construídas moradias para as vítimas das chuvas de janeiro completamente alagado
Quatro meses após os deslizamentos de encostas destruírem moradias e tirarem a vida de mais de 60 pessoas durante as fortes chuvas no carnaval, o litoral norte de São Paulo enfrenta um novo período de atenção máxima.
Uma virada de tempo nesta semana trouxe chuvas intensas para a região, gerando preocupação quanto à segurança das obras de construção das novas moradias destinadas aos desalojados em São Sebastião.
A região registrou mais de 200 mm de chuvas nas últimas 24 horas, que justifica o alerta máximo emitido pelos órgãos de autoridade nacional. Devido às chuvas intensas, o terreno onde serão construídas as novas moradias para os desabrigados de fevereiro ficou alagado.
O projeto, que recebeu investimentos de R$ 93,3 milhões do Governo de São Paulo, teve início em março deste ano e tem como objetivo abrigar 704 famílias.
Moradores locais capturaram imagens que mostram o canteiro de obras tomado pela água com trechos alagados que chegaram a submergir cones de sinalização e materiais de construção. A situação causou apreensão e levantou questionamentos sobre a segurança do terreno para a construção das moradias.
Procurada pela reportagem do Portal Costa Norte, a Companhia de Desenvolvimento Habitacional e Urbano (CDHU) respondeu afirmando que o alagamento ocorrido nesta semana é reflexo das chuvas intensas em toda a região e reiterou que o terreno do empreendimento, localizado no bairro Baleia Verde em São Sebastião, é seguro e plano.
De acordo com a nota emitida pela CDHU, o projeto em execução pelo governo paulista já prevê a elevação da cota de implantação das edificações do empreendimento, demonstrando preocupação com a segurança das construções.
A companhia assegurou que está seguindo o cronograma normal das obras e que está trabalhando com os órgãos envolvidos para resolver a questão específica da macrodrenagem.
As equipes da Defesa Civil atenderam mais de 20 ocorrências na terça-feira (13), que envolveram pontos de alagamento, quedas de árvores em vias públicas e residências, queda de barreiras na Rio-Santos (SP-55), além de diversas vistorias.
Segundo a prefeitura da cidade, além do alagamento das obras da CDHU, um dos pontos que precisa de atenção é na serra que liga Boiçucanga e Maresias com registro de escorregamento de terra. No local, será preciso fazer corte e limpeza para estabilizar o talude.
O Departamento de Estradas de Rodagem (DER) informou que às 11h30 desta quarta-feira (14) o tráfego da rodovia Rio-Santos (SP-055) foi liberado no município de São Sebastião; ontem, a via fora interditada pela queda de barreiras e de árvores.
Alça de acesso interditada - tráfego liberado
Km 142 (Praia Toque Toque): queda de barreira e árvore
Faixas liberadas
Km 144 (Praia Toque Toque): queda de árvore
Km 158 (Praia de Maresias/Boiçucanga): queda de barreira
Km 175 (Praia Preta): queda de barreira e árvore
Km 162 (Praia Boiçucanga): queda de barreira
Km 172 (Praia Barra do Sahy): queda de barreira
O Departamento Hidroviário (DH) informou que nesta quarta-feira (14) o tempo de espera na Travessia São Sebastião/Ilhabela é de aproximadamente 30 minutos em ambos os lados.
Ontem (13), a travessia chegou a ser interrompida e retornou às 18h24, operando em velocidade reduzida como medida de segurança devido aos fortes ventos, força da maré e más condições climáticas na região. Neste momento, a frota opera com seis embarcações.
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