ALAGAMENTO

CDHU: terreno onde estão sendo construídas casas para desalojados é seguro e plano

Chuvas das últimas 24 horas deixaram terreno onde serão construídas moradias para as vítimas das chuvas de janeiro completamente alagado

Lenildo Silva
Publicado em 14/06/2023, às 12h30 - Atualizado em 15/06/2023, às 09h44

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São Sebastião registra estragos após chuvas na manhã de hoje (13) Chuvas intensas em São Sebastião - Reprodução
São Sebastião registra estragos após chuvas na manhã de hoje (13) Chuvas intensas em São Sebastião - Reprodução

Quatro meses após os deslizamentos de encostas destruírem moradias e tirarem a vida de mais de 60 pessoas durante as fortes chuvas no carnaval, o litoral norte de São Paulo enfrenta um novo período de atenção máxima.

Uma virada de tempo nesta semana trouxe chuvas intensas para a região, gerando preocupação quanto à segurança das obras de construção das novas moradias destinadas aos desalojados em São Sebastião.

A região registrou mais de 200 mm de chuvas nas últimas 24 horas, que justifica o alerta máximo emitido pelos órgãos de autoridade nacional. Devido às chuvas intensas, o terreno onde serão construídas as novas moradias para os desabrigados de fevereiro ficou alagado.

O projeto, que recebeu investimentos de R$ 93,3 milhões do Governo de São Paulo, teve início em março deste ano e tem como objetivo abrigar 704 famílias.

Moradores locais capturaram imagens que mostram o canteiro de obras tomado pela água com trechos alagados que chegaram a submergir cones de sinalização e materiais de construção. A situação causou apreensão e levantou questionamentos sobre a segurança do terreno para a construção das moradias.

Veja o vídeo

Procurada pela reportagem do Portal Costa Norte, a Companhia de Desenvolvimento Habitacional e Urbano (CDHU) respondeu afirmando que o alagamento ocorrido nesta semana é reflexo das chuvas intensas em toda a região e reiterou que o terreno do empreendimento, localizado no bairro Baleia Verde em São Sebastião, é seguro e plano.

De acordo com a nota emitida pela CDHU, o projeto em execução pelo governo paulista já prevê a elevação da cota de implantação das edificações do empreendimento, demonstrando preocupação com a segurança das construções.

A companhia assegurou que está seguindo o cronograma normal das obras e que está trabalhando com os órgãos envolvidos para resolver a questão específica da macrodrenagem.

Chuva na região

São Sebastião registra estragos após chuvas na manhã de hoje (13) Chuvas intensas em São Sebastião (Reprodução)

As equipes da Defesa Civil atenderam mais de 20 ocorrências na terça-feira (13), que envolveram pontos de alagamento, quedas de árvores em vias públicas e residências, queda de barreiras na Rio-Santos (SP-55), além de diversas vistorias.

Segundo a prefeitura da cidade, além do alagamento das obras da CDHU, um dos pontos que precisa de atenção é na serra que liga Boiçucanga e Maresias com registro de escorregamento de terra. No local, será preciso fazer corte e limpeza para estabilizar o talude.

Boletim atualizado

O Departamento de Estradas de Rodagem (DER) informou que às 11h30 desta quarta-feira (14) o tráfego da rodovia Rio-Santos (SP-055) foi liberado no município de São Sebastião; ontem, a via fora interditada pela queda de barreiras e de árvores.

Boletim Rio Santos - 11h30

Alça de acesso interditada - tráfego liberado

Km 142 (Praia Toque Toque): queda de barreira e árvore

Faixas liberadas 

Km 144 (Praia Toque Toque): queda de árvore

Km 158 (Praia de Maresias/Boiçucanga): queda de barreira

Km 175 (Praia Preta): queda de barreira e árvore

Km 162 (Praia Boiçucanga): queda de barreira

Km 172 (Praia Barra do Sahy): queda de barreira

Boletim travessia São Sebastião/Ilhabela 11h30

O Departamento Hidroviário (DH) informou que nesta quarta-feira (14) o tempo de espera na Travessia São Sebastião/Ilhabela é de aproximadamente 30 minutos em ambos os lados.

Ontem (13), a travessia chegou a ser interrompida e retornou às 18h24, operando em velocidade reduzida como medida de segurança devido aos fortes ventos, força da maré e más condições climáticas na região. Neste momento, a frota opera com seis embarcações.

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