PEDIDO DE CASSAÇÃO

Em São Sebastião, ex-companheira pede cassação de mandato do vereador Diego Nabuco

Câmara deve decidir sobre a denúncia na sessão desta terça-feira (6); vereador é acusado de agressões e ameaças de morte à ex-esposa

Da redação
Publicado em 06/06/2023, às 18h03

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Ainda segundo documento, protocolado na última sexta, o vereador Nabuco usa o cargo “de modo incompatível com o decoro exigido”. Em São Sebastião, ex-companheira pede cassação de mandato do vereador Diego Nabuco - Foto: CMSS
Ainda segundo documento, protocolado na última sexta, o vereador Nabuco usa o cargo “de modo incompatível com o decoro exigido”. Em São Sebastião, ex-companheira pede cassação de mandato do vereador Diego Nabuco - Foto: CMSS

A sessão desta terça-feira (6), na Câmara de São Sebastião, deve decidir sobre a denúncia que pede a cassação do mandato do vereador Diego Nabuco.

Sua ex-esposa, Luciene Bonfim, é a autora da denúncia. Ela o acusa de agressões e ameaças de morte.

O Ministério Público já havia denunciado o vereador por ameaça e descumprimento de medidas protetivas. A promotoria se baseou em áudios e no depoimento da ex-esposa de Nabuco.

Na denúncia, ela anexou a transcrição de áudios enviados por WhatApp. “Hoje, nesse mundo que a gente vive de política, quem grava morre”, disse o vereador, em uma das gravações. “Você vai ver só, o pessoal vai acessar filha, vai ter acesso a tudo, as suas conversas. Vou receber tudo, tá? E é gente da prefeitura”, ameaçou, em outro áudio.

O caso teve origem em 2021, quando a vítima prestou queixa contra o vereador por violência doméstica. A juíza Glaucia Paiva determinou que Nabuco não se aproximasse nem mantivesse contato com a vítima.

“Eu zero você em tudo na cidade, qualquer setor que você tiver eu te zero, setor até privado”, declarou Nabuco, em mais uma gravação, “utilizando um tom de voz ameaçador”, segundo o MP.

Ainda segundo documento, protocolado na última sexta, o vereador Nabuco usa o cargo “de modo incompatível com o decoro exigido”. A quebra de decoro parlamentar é uma das infrações que sujeita vereadores à perda do mandato.

Luciene relata ter sido vítima de várias agressões, e apresentou fotos de ferimento nos lábios e hematoma no braço. Também indicou áudios que comprovariam as ameaças, e denunciou descumprimento de medidas protetivas em 2021 e 2022.

A instauração de uma comissão processante depende do voto da maioria dos vereadores presentes no plenário. O denunciado não pode participar da votação.

O vereador Diego Nabuco ainda não se posicionou sobre o caso.

*AS INFORMAÇÕES SÃO DO JORNALISTA HELTON ROMANO

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