Febre maculosa: litoral de SP confirma primeiro caso da doença em turista de 52 anos

A cidade de São Sebastião, litoral norte de São Paulo, registrou o primeiro caso de febre maculosa na região neste ano. A paciente, uma mulher de 52 anos, já está recuperada. A Secretaria de Saúde do Estado de São Paulo divulgou a informação na manhã de hoje (21), e a gestão municipal confirmou o caso. 

Até o momento, o estado contabiliza 19 casos da doença em 2023, sendo que cinco estão em investigação para descobrir o Local Provável de Infecção (LPI), incluindo dois dos nove óbitos. Não há casos confirmados nem suspeitos na Baixada Santista.

De acordo com a prefeitura, a turista mora na capital paulista e esteve em São Sebastião no dia 27 de janeiro quando contraiu a febre maculosa. Segundo relato da paciente, ela visitou a cachoeira do Sertão do Cacau no bairro Cambury e foi acompanhada por um cachorro sem dono durante o passeio.

Na ocasião, a mulher notou a presença de um carrapato em seu pé e solicitou ajuda ao marido para removê-lo. No dia seguinte, ela começou a apresentar mal-estar, febre, manchas vermelhas pelo corpo, edema e pus no local da picada.

Em 17 de fevereiro, o caso foi notificado por uma unidade de saúde em São Paulo. A primeira coleta de sangue para exame sorológico ocorreu em 23 de fevereiro e apresentou resultado positivo. A segunda amostra foi colhida em 8 de maio e confirmou o diagnóstico. A paciente recebeu o tratamento e foi considerada curada; o caso foi encerrado em 24 de maio. 

Febre maculosa

A febre maculosa é uma doença causada pela bactéria do gênero  Rickettsia transmitida pela picada de uma espécie de carrapato. Ela pode variar de formas clínicas leves e atípicas até casos graves com alta taxa de letalidade. Além da picada, existe a possibilidade de transmissão da bactéria pela hemolinfa dos carrapatos quando estes são retirados sem cuidado e com as mãos desprotegidas. 

Os principais sintomas da febre maculosa incluem febre alta e súbita, manchas na pele, dores de cabeça, secreção nos olhos, dor muscular e articular, mal-estar, dores abdominais, vômito e diarreia. Eles podem surgir de dois a 14 dias após a picada do carrapato.