MANIFESTAÇÃO

Aldeias de Ubatuba se reúnem para acompanhar a votação de marco temporal

Lideranças das aldeias Boa Vista, Rio Bonito, Puruba e Renascer estão em Brasília com representantes de comunidades de todo o litoral norte

Gabriela Petarnella
Publicado em 30/08/2023, às 12h38

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Delegação de indígenas do litoral norte a caminho de Brasília - Sandra Ventriglia
Delegação de indígenas do litoral norte a caminho de Brasília - Sandra Ventriglia

Na tarde desta quarta-feira (30) comunidades originárias de todo o país se reúnem em concentração para acompanhar a retomada de julgamento do STF sobre o marco temporal das terras indígenas que será hoje às 14 horas.

Até o fechamento desta matéria, a Aldeia de Boa Vista - Ubatuba está reunida em sua comunidade, aguardando em oração o momento da votação. De acordo com Sandra Ventriglia, ativista local, os indígenas estão agrupados na varanda da Ísis, enfermeira da aldeia, e convidam toda a população para se juntar a eles neste momento. 

Ainda de acordo com Sandra, diversas lideranças de aldeias litorâneas, como as ubatubenses Boa Vista, Rio Bonito, Puruba e Renascer, formaram uma delegação do litoral norte e estarão presentes na votação em Brasília. 

Manifestações

Algumas das comunidades ubatubenses estão correlacionadas às aldeias de Paraty (RJ) por conta da proximidade, tendo inclusive famílias que migraram de estado e hoje compartilham as aldeias de ambos os lugares.

Neste momento, a Aldeia de Paraty Mirim e indígenas do litoral norte de São Paulo estão concentrados na BR 101 que será o ponto de partida de uma passeata até o centro da cidade para mostrar a união dos povos originários. 

Votação

O STF retorna hoje  com o julgamento, após uma pausa de três meses de interrupção a pedido do ministro André Mendonça que solicitou mais tempo para análise do marco temporal. A votação está em 2 a 1 contra a tese elaborada e defendida por ruralistas que determina que para haver demarcações de terras de comunidades indígenas,  comprovadamente o local tinha que ser habitado pelos povos originários a partir de 5 de outubro de 1988, data em que a Constituição atual foi promulgada. 

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