Mãe pede socorro para salvar filha em Ubatuba

Uma mãe, moradora de Ubatuba, no litoral norte de São Paulo, fez um apelo por ajuda para sua filha, Mayara Luque, uma cozinheira de 33 anos que, após cair nas garras do alcoolismo, passou a viver nas ruas da cidade.

“Ela sempre foi esforçada. Inteligente. Mas, há três anos, entrou em crise de alcoolismo e virou moradora de rua. Ela precisa de uma internação, mas não tenho condições, o preço de uma clínica é o meu salário”, afirmou Maria Aparecida Albino, que é servidora pública em uma creche na cidade, em entrevista ao Portal Costa Norte nesta sexta-feira (5).

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De acordo com Maria, antes de ir morar na rua, apesar de beber socialmente, sua filha Mayara vivia uma vida funcional: trabalhava, estudava e buscava melhorar de vida. “Ela sempre foi muito trabalhadora. Trabalhava como cozinheira em restaurantes e quiosques. Chegou a estudar um curso técnico de enfermagem. Morou em São José dos Campos, trabalhou muito lá”, relembra.

No entanto, marcada por uma tragédia familiar na adolescência também relacionada ao alcoolismo, após uma separação traumática há três anos, a cozinheira acabou na rua, relata sua mãe.

“Ela perdeu o pai em 2015, vítima do alcoolismo também. Ele era muito novo, tinha 39 anos, ela tinha 16. Antes ir parar na rua, ela teve algumas recaídas, mas a decadência mesmo foi após uma separação dela, há três anos. O rapaz era dependente químico em recaída. A família dele tinha condições e internou ele em uma clínica particular e a Mayara, depois disso, acho que por um sentimento de gostar dele, teve uma piora e foi se entregando”, tenta entender a mãe da cozinheira.  

Recentemente, Maria fez um apelo privado a amigos e parentes nas redes sociais, em que divulgou imagens tocantes da filha, fora de si, aos prantos, caída na sarjeta, em uma rua de Ubatuba. De acordo com Maria, as imagens são de um momento de crise da filha.

Ela afirma que já tentou uma internação da filha por meio de serviços públicos de assistência social. Entretanto, alegando que Mayara precisava de uma internação especializada em dependentes alcoólicos, ela recebeu alta.

“Eles deram alta com um mês dizendo que ela precisava de um lugar específico pra dependente de álcool, mas nunca consegui interná-la num lugar específico, não tenho condições de pagar”, lamenta a mãe.

Impotente, diante da derrocada da filha para a doença, Maria, que cria uma neta de 12 anos, filha de Mayara, resolveu, como último recurso, apelar à solidariedade e buscar ajuda para internar sua filha em uma clínica especializada.

“O que mais eu almejo no meu coração, o que ela mais precisa nesse momento, seria que alguma clínica especializada [em alcoolismo] que pudesse tratar minha filha, que pudesse nos dar essa vaga, de coração. Não tenho condições financeiras.”, apela a mãe.

Perguntada se acredita na reabilitação da filha, a mãe, de fala segura e rápida, quase sem espaço entre as palavras, responde lacônica e taxativa. “Acredito”, e silencia longamente.

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Interessados em ajudar, podem contatar Maria Aparecida Albino no número (12) 99655-2235