5 mudanças que o corpo da mulher passa no puerpério

Como um dos processos especialmente desafiadores da maternidade, o puerpério traz mudanças físicas e psicológicas

Henrique
Publicado em 01/09/2020, às 18h11 - Atualizado em 04/09/2020, às 13h11

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A popularização do feminismo em diferentes lugares do mundo na última década disseminou discussões que, antes, ficavam restritas às mulheres e diferentes especialistas, como psicólogos e ginecologistas. 

Nesse contexto, fortaleceu-se a ideia de que cada mulher deve conhecer e ter o controle sobre o seu corpo. O puerpério é um daqueles momentos desafiadores da vida delas, que optaram pela maternidade. Ele compreende o período após o parto, em que o organismo da mãe irá restabelecer-se depois da gestação.

Após o parto, é comum a mulher desejar a retomada do próprio corpo à condição antes da gravidez. Contudo, esse é um processo muito particular, trazendo diferentes mudanças internas e externas. 

Embora ginecologistas indiquem uma média de 45 dias para o puerpério, este processo pode ter uma duração individual para cada gestação. Esse prazo indica o tempo necessário para o útero voltar para o estado pré-gestação, mas o puerpério é marcado por processos psíquicos e emocionais que podem durar até três anos. 

Melancolia, tristeza e insegurança estão entre os mais comuns. Em casos mais graves, é possível ocorrer a chamada depressão pós-parto. Veja algumas mudanças bastante comuns nesse período, também conhecido como quarentena ou resguardo.

Alterações hormonais

Durante o puerpério, é comum que o organismo varie a produção de diferentes hormônios. Há menos produção de progesterona e estrogênio, que atuam para a manutenção da gravidez, e aumento da prolactina, hormônio responsável por estimular a produção do leite materno. O retorno dos dois primeiros só ocorre com o desmame, parcial ou completo, ou a volta da menstruação.

O organismo leva alguns meses até reduzir a produção da relaxina, hormônio que amolece os músculos e os ligamentos durante a gestação. Até que essa diminuição aconteça, a mulher pode ter dor nas costas mais intensas, especialmente, ao carregar o bebê durante um tempo mais prolongado. 

Flacidez muscular 

O ato de amamentar estimula a produção de ocitocina, hormônio que, entre outras funções, provoca contrações no útero e cólicas, o que faz esse órgão encolher e retomar o tamanho que tinha antes da gestação. A média é que ele precise de seis semanas para voltar à extensão original.

O abdômen costuma acompanhar esse movimento de encolhimento do útero e recupera parcialmente o volume original, bastando atividades físicas específicas para voltar ao formato pré-gestação. O mesmo pode ocorrer para o assoalho pélvico, o que exige exercícios de fisioterapia.

Incontinência urinária e incômodo vaginal

Após o parto, é comum que a mulher sinta maior vontade de urinar e, às vezes, note alguns episódios de escapes na calcinha. A incontinência urinária é especialmente comum para as que passaram por um parto natural. Para voltar a ter total controle sobre a urina, peça algumas indicações de exercícios para o ginecologista.

Outro processo frequente é a sensação de incômodos na vagina, como inchaço e dilatação, principalmente nos primeiros dias após o parto. Por isso, especialmente nas primeiras duas semanas, é recomendado substituir o uso do papel higiênico por água e sabão, já que o local estará passando pelo processo de cicatrização.

No que se refere ao processo de cicatrização, que ocorre no parto natural e na cesárea, é preciso ter atenção e manter a cicatriz higienizada, verificando se há sinais de infecção, sensação de coceira ou produção de secreções espessas. Caso note alguns destes sintomas, converse com o seu ginecologista.

Inchaço

Essa sensação ocorre em diferentes partes do corpo, especialmente nos seios. Nos primeiros dias com o bebê, é comum haver somente colostro ou pré-leite e sensação de desconforto quando o leite propriamente dito começar a ser produzido.

O inchaço também é visto no ventre, reduzindo-se a partir da liberação de urina e suor do líquido acumulado durante a gravidez. Além disso, por meio da vagina, o organismo libera uma secreção composta de sangue, tecidos e muco, processo que pode durar até três meses. Esse corrimento vaginal mais espesso e com quantidade variável recebe o nome de lóquio.

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