As últimas iniciativas de combate à desinformação no Brasil

As fake news são um problema que deve ser combatido. Atualmente, existem iniciativas que visam a disseminação de informações confiáveis e a derrubada de sites que geram notícias falsas.

Henrique Gear SEO
Publicado em 26/06/2020, às 14h46 - Atualizado em 23/08/2020, às 23h53

FacebookTwitterWhatsApp
Reprodução/Internet
Reprodução/Internet

O mundo mudou: em outros tempos, as melhores fontes de informações eram os telejornais e os jornais impressos. Com o desenvolvimento de novas tecnologias, o avanço da internet e afins, hoje, é possível consultar muitos criadores de conteúdo diferentes, seja por meio de uma ou de um computador.

Em épocas de notícias falsas, as famosas fake news, tão discutidas desde 2018, torna-se ainda mais importante escolher bem o tipo de conteúdo que se consome. Como saber, no entanto, onde encontrar informações verdadeiras? Como discernir o que é confiável daquilo que parece suspeito?

Neste artigo, falaremos um pouco mais sobre algumas das iniciativas de combate à desinformação que surgiram nos últimos meses, dando ênfase a algumas de suas conquistas. Confira.

Iniciativas de combate à desinformação

O Sleeping Giants surgiu nos Estados Unidos, em meados de 2016. Idealizado por um publicitário chamado Matt Rivitz, o projeto tem como objetivo alertar as empresas sobre a ligação de suas marcas a sites e companhias duvidosas, conhecidas por produção de conteúdo extremista, discursos de ódio, preconceitos, fake news e similares.

Em muitos casos, as marcas não sabem que estão sendo anunciadas em plataformas do gênero e que, portanto, estão ajudando na monetização dos criadores e de suas causas, que, muitas vezes, podem ser evasivas.

Para alertar as companhias sobre a sua associação a ambientes criminosos, a Sleeping Giants entra em contato com elas, por meio de redes sociais abertas, especialmente, o Twitter.

Com o auxílio de retweets, comentários e curtidas de usuários, eles conseguem chamar a atenção de grandes marcas e, assim, derrubar o incentivo financeiro a veículos que defendem valores contrários aos praticados pelas empresas.

O movimento Sleeping Giants Brasil, que surgiu no meio de maio deste ano, não tem ligação com o original, mas é aprovado por ele: afinal, o inimigo em comum é o mesmo.

O perfil brasileiro, mesmo recente, já obteve resultados interessantes: com pouco mais de um mês de atuação, a página já tem milhares de seguidores, derrubou sites famosos por criar fake news e conseguiu chamar a atenção de gigantes como a Dell, o Telecine e o Banco do Brasil.

Outras iniciativas de combate à desinformação que estão crescendo em solo brasileiro são:

Agência Pública

De acordo com a descrição disponível em seu site oficial, a Pública é uma instituição criada em 2011, por repórteres femininas, sendo a primeira agência de jornalismo investigativo sem fins lucrativos fundada no Brasil.

Todas as reportagens publicadas no site se baseiam em análises de fatos, tendo como objetivo defender os direitos humanos e as notícias verdadeiras.

A iniciativa contabiliza 48 prêmios de excelência, como o Gabriel Garcia Márquez, maior prêmio de jornalismo da América Latina, e o Comunique-se. Ela distribui conteúdo para alguns dos maiores portais do mundo.

A Pública investiga a administração pública, os impactos sociais e ambientais de empresas, as práticas de corrupção, o Poder Judiciário e a violência contra as populações em estado de vulnerabilidade, dentro e fora da cidade.

The Intercept

A iniciativa ficou famosa após fornecer áudios e transcrições de conversas entre figuras importantes da política brasileira, mas vai muito além disso.

Conforme descrição disponibilizada na plataforma oficial do The Intercept Brasil, as investigações e as análises feitas pela agência de notícias em questão se baseiam em assuntos de política, corrupção, meio ambiente, segurança pública, tecnologia e mídia.

A publicação que deu origem ao braço brasileiro do Intercept data de 2013 e é de responsabilidade da empresa First Look Media. 

Criada pelo filantropo e fundador do eBay, Pierre Omidyar, a dita companhia tem como objetivo distribuir conteúdos relevantes sobre jornalismo investigativo, mídia, entretenimento, arte, cultura e cinema.

Mídia NINJA

Trata-se de uma rede de comunicação livre, com base na lógica colaborativa de trabalho, que tem como objetivo, como diz a descrição de sua página oficial, “defender o interesse público, a diversidade cultural e o direito à informação”.

A Mídia NINJA foi criada em 2013 e esteve presente em todas as manifestações populares desde então. Atualmente, a rede conta com mais de 2 milhões de apoiadores e tem cerca de 500 produtores de conteúdo, espalhados pelo Brasil.

Comentários

Receba o melhor do nosso conteúdo em seu e-mail

Cadastre-se, é grátis!