CULTURA NEGRA

Professores de Ilhabela participam de capacitação do projeto “Afrobetizar"

Os educadores foram capacitados para incentivar o estudo em sala de aula sobre a Cultura Afro-Brasileira e como celebrá-la

Gabriela Petarnella
Publicado em 06/11/2023, às 17h06

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A capacitação para maior entendimento sobre a cultura é prevista pela Lei Federal nº 10.639/2003 - Prefeitura Ilhabela
A capacitação para maior entendimento sobre a cultura é prevista pela Lei Federal nº 10.639/2003 - Prefeitura Ilhabela

Professores da rede municipal de Ilhabela participam do projeto Afrobetizar: Capacitação de Educadores em Cultura Afro-Brasileira. Desenvolvido pelas capacitadoras Rosangela Sebastião de Souza e Silvana Santos Domingues, conhecida como Nega da Capoeira, o projeto tem como objetivo ampliar o entendimento dessa cultura nas salas de aula do município. 

A prática foi estabelecida na cidade em conformidade com a Lei Federal nº 10.639/2003 e durante os encontros, os educadores são convidados a refletir sobre a cultura afro-brasileira do ponto de vista histórico e social, já que Ilhabela possui um grande número de marcos históricos que refletem a herança cultural africana presente na região, além de seus quase 40% da população composta por negros.

De acordo com Rosangela, o projeto inicialmente foi pensado como uma aula para os crianças e jovens da rede pública, porém, observou-se com o tempo, que essa mensagem precisava ser expandida também para os professores, para que juntos, a afrobetização seja mais efetiva.

A diretora da E.M. Prefeito Eurípedes da Silva Ferreira, Tatiana Kalepniek, destaca a importância desse projeto para a comunidade escolar. Segundo ela, essa iniciativa contribui para tornar a educação mais equitativa, respeitando as diferenças culturais dentro do espaço escolar. Além disso, esse trabalho fará parte do planejamento escolar ao longo do ano, com o objetivo de promover uma mudança de perspectiva e atender adequadamente às crianças.

Rosângela explica que a capacitação é uma vivência cultural e que de início, houve alguns embates e questionamentos, mas que no final, os encontros foram um divisor de águas. Segundo ela, é necessário compreender a própria história para atuar na construção de um futuro mais igualitário e sem preconceitos.

Gabriela Petarnella

Gabriela Petarnella

Jornalista formada pelo Centro Universitário Módulo. Possui experiência em videorreportagem e fotojornalismo

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