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Atividade deve iniciar com projetos simples

Da Redação
Publicado em 03/09/2019, às 12h39 - Atualizado em 26/08/2020, às 22h12

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Como fazer com que a atividade náutica saia do plano das ideias e discussões e passe para a prática é a principal questão. De acordo com o engenheiro José Nelson de Moura, que já fez várias pesquisas e trabalhou no Brasil e exterior, o primeiro passo é discutir os conceitos, sua adequação e aplicação na cidade, lembrando que “nada acontece enquanto não houver coligação da iniciativa privada e conscientização da comunidade sobre os benefícios que a atividade trará para ela".

Para atrair o investidor, o Poder Público necessita adotar normas rígidas e garantir que elas serão cumpridas, conceder incentivos para instalação da iniciativa privada na cidade e cultivar o turismo na sociedade local. É preciso, segundo Moura, criar o produto a ser ofertado,  no caso,  Bertioga, que precisa ter nome, embalagem, e ser impulsionado por um processo mercadológico de apoio ao consumo.

Estágios - Para que seja aprovada a implantação de uma marina, são necessários cinco estágios, segundo Moura. O primeiro é ter um Plano Diretor com todas as diretrizes de ocupação e uso do solo. Depois, uma legislação estadual com regras que garantam a preservação do ecossistema como um todo, além de saneamento básico e tratamento de dejetos de forma adequada. Outro passo é a utilização do espelho d'água e o envolvimento da comunidade, iniciativa privada, Poder Público, além do apoio mercadológico.

Tecnologia - Segundo o prefeito de Bertioga Luiz Carlos Rachid, o turismo náutico será um dos grandes fatores de desenvolvimento da cidade no próximo século. Vários empresários estrangeiros demonstraram interesse em investir no município com tecnologia avançada para implantação de marinas, comentou.

De acordo com Rachid, um anteprojeto para uma marina pública, que seria administrada por particulares, já foi analisado e a interferência ambiental seria mínima. “É possível fazer um projeto modular e pré-fabricado com uma tecnologia moderna, que permitiria a proteção das embarcações ao mesmo tempo em que não interferiria na movimentação das correntes marítimas”.

Para o especialista José Nelson Moura, o ideal é começar por projetos simples e baratos para, posteriormente, passar a investir em empreendimentos de porte. Ele lamentou, em sua palestra, que o projeto para implantação de uma marina na Riviera de São Lourenço até hoje não tenha sido liberado por restrições da legislação ambiental. Ele espera que esse erro seja reparado, pois sua implantação beneficiaria não só a Riviera, como também toda a cidade.

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