2018

Itaguaré, a mais selvagem das praias

Quem conhece, adora; tem rio, trilha, ondas fortes e um bom programa gastronômico.

Da Redação
Publicado em 27/02/2019, às 08h32 - Atualizado em 26/08/2020, às 22h04

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Foto Nativa
Foto Nativa

Ao passar pelos restaurantes de frutos do mar localizados ao lado do rio Itaguaré, que corre sob a rodovia Rio-Santos, quem não conhece a região se surpreende ao descobrir que, a 50 metros da pista está uma das praias mais sensacionais, selvagens e preservadas da cidade, para não dizer do litoral brasileiro. Parte do Parque Estadual da Restinga de Bertioga (Perb), completamente oculta pela mata, a praia de Itaguaré se constitui em um corredor ecológico de rica biodiversidade, o único de Bertioga que conecta, diretamente, o mar à  Mata Atlântica. É de uma beleza estonteante.E repleta de surpresas.

Imagem acervo site

Para começar, ela tem duas partes, separadas por uma falésia de quatro metros de altura. Da parte do meio da praia, onde se chega vindo da entrada perto dos restaurantes, você

avista a falésia à direita, e, aos pés dela, a curva final da foz do rio Itaguaré, que corre na praia em paralelo ao mar. É praia de surfista, com ondas fortes. Grande parte dos frequentadores se concentra na prainha logo na entrada da praia.

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Durante a semana, reina total sossego. Já no verão e aos sábados e domingos ensolarados do ano todo é pura agitação. Tem barracas de comida e bebida, carrinho de açaí, locação de cadeiras e guarda-sóis. E do verão à Páscoa também tem locação de caiaques e pranchas de stand up da Chauás Litoral, para quem quiser remar no rio. Sozinho, dá para percorrer toda a curva do Itaguaré em torno da península que o rio contorna, e navegar até a altura da ponte da Rio-Santos. Dali em diante, só na companhia de monitores ambientais credenciados pelo Perb, como é o caso de Francisco Perez, dono da Chauás.

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A rua da entrada principal de Itaguaré contorna o rio, e se, em vez de ir para a areia, você seguir por ela, se verá em um passeio quase bucólico, de uns 500 metros, ao fim dos quais uma família aluga barcos só para pesca e vende pitus do próprio rio para isca. Em nichos que descem até a beira d’água, sempre há gente pescando, e até dá para entrar para se banhar, mas não é seguro mergulhar, por causa de pedras e correnteza.

Na praia, perto da curva da falésia, sai uma trilha, classificada pelo Perb como autoguiada, ou seja, você pode entrar sozinho. Embora com um monitor ambiental sempre seja melhor. Após alguns metros, indo em frente, a trilha se ramifica e leva a alguns restaurantes da estrada, uns 200 metros adiante. Entrando à esquerda, após percorrer 1.140 metros em piso de areia, em meio à mata de restinga, você estará no canto sul da praia de Itaguaré.

Imagem acervo site

O mais usual é chegar nesse canto em rápida caminhada por uma rua que começa no fundo do vizinho bairro de São Lourenço, e depois vira uma trilhazinha, que sai na beira do cantinho de mangue de Itaguaré. Só não dá certo na maré alta, porque o mar cobre o canto da praia e chega à trilhazinha. Lá se reúne uma moçada mais alternativa, com muitos surfistas, claro. É imprescindível levar comida, bebida e guarda-sol. Não há sombras salvadoras nesse paraíso.

Imagem acervo site

Retornando de qualquer trecho da praia do Itaguaré, parar em um dos restaurantes perto da ponte da rodovia é sempre um grande programa gastronômico. Imperdível para apaixonados por ostras, crustáceos, peixes e frutos do mar, no almoço, no jantar ou fora de hora. Tudo fresquinho, em ambientes rústicos totalmente em sintonia com a força da natureza do lugar.

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