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Leis ambientais restringem desenvolvimento

Da Redação
Publicado em 10/09/2019, às 07h30 - Atualizado em 26/08/2020, às 22h06

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Arquivo JCN
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“O radicalismo e a morosidade nas decisões dos órgãos ambientais e governamentais têm provocado efeito contrário e negativo no desenvolvimento do país e Bertioga sofre as consequências”. A opinião é de Antônio Carlos Ribeiro Mendes, gerente das Praias Paulistas S/A e Cia. Fazenda Acaraú que, há 16 anos, reside em Bertioga, e há 11, no empreendimento.

Responsável por zelar pelo patrimônio das empresas que representa e por acompanhar a execução de obras da Sobloco Construtora, ele destaca a importância do loteamento que teve seu pico no início da década de 1990 quando chegou a contratar mais de três mil pessoas só para construção de obras. Porém, nesse mesmo período, teve início uma queda vertiginosa em decorrência das restrições ambientais com embargo de vários módulos. Dos 33 que existem, l2 estão com estrutura completa, atendendo 20 mil proprietários, embora a capacidade total do projeto é  atingir 50 mil.

Hoje, segundo Mendes, cerca de três mil pessoas trabalham na Riviera em todos os setores, inclusive nas lojas do shopping e restaurantes. Só a Sociedade Amigos da Riviera é a segunda empresa no município a gerar mais empregos: tem 250 funcionários. A primeira é a prefeitura e depois vem o Sesc Bertioga, comenta.

Ele ressalta que, se a legislação ambiental não fosse tão restrita, o perfil não só da Riviera como de toda a cidade seria outro, principalmente, se tivesse sido aprovado o projeto para implantação de uma marina, o que poderia atrair investimentos e turistas inclusive internacionais.

Sensibilidade - Responsável por cerca de 30% do Imposto Predial e Territorial Urbano (IPTU) arrecadado pelo município, o empreendimento é considerado como exemplo de desenvolvimento sustentável como explica o prefeito Luiz Carlos Rachid. Ele espera sensibilizar o secretário estadual de Meio Ambiente Ricardo Tripoli, para que as áreas embargadas sejam liberadas, não só da Riviera, mas também de outros loteamentos, uma vez que essas obras podem oferecer melhor qualidade de vida à população. Para o presidente da Câmara Municipal Toninho Rodrigues, as autoridades devem sentar e discutir o que será melhor para Bertioga e repensar a situação da Riviera.

Para ele, o empreendimento é o cartão postal da cidade, referência de planejamento urbano reconhecido, inclusive, internacionalmente.

Funcionário tem orgulho de ter participado da história

Quando Manoel José de Santana, hoje encarregado de manutenção da Sobloco Construtora, chegou a Bertioga, na década de 80, não imaginava que seu trabalho se transformaria no sonho de muita gente. Ele foi um dos primeiros trabalhadores contratados para iniciar um projeto que, em l0 anos, surpreendeu por sua qualidade e crescimento. Natural do Ceará, Manoel chegou a São Paulo em 1974 onde trabalhou até 1980, época em que veio para Bertioga ajudar na construção da Riviera de São Lourenço. Dois anos depois se casou e, em 1986, passou a morar no empreendimento onde vive com seus dois filhos e a mulher. Orgulhoso por ter participado do projeto, ele lembra que muitos que trabalharam firme naquela época hoje têm sua casa própria, sua empresa, enquanto outros continuaram no local, como zeladores e caseiros. Seu sonho é poder comprar uma casa aqui mesmo na cidade, que adotou como sua. A única coisa que sente é a falta de emprego para as pessoas. “Quando eu cheguei, não tinha um bloco no chão, trabalhamos muito e havia emprego. Hoje, o que é triste, é o desemprego”. Para Manoel, a Riviera foi sempre uma “ uma mãe que acolheu muita gente em Bertioga”.

Sonho - Para Carla Antoniazzi Ribeiro Mendes que há 11 anos mora na Riviera e há sete dirige o Colégio Metodista, instalado no empreendimento, ver as plantas iniciais e o projeto era como um sonho. “Hoje a gente percebe que a união da Sobloco Construtora, Praias Paulistas S/A e Cia. Fazenda Acaraú foi uma parceria feliz". Para ela, projetos como a Riviera e demais loteamentos, com  ocupação ordenada, são importantes para o desenvolvimento da cidade e a consequente melhora na qualidade de vida.

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