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Reduto tradicional da pesca amadora

A pesca continua a ser um dos fortes atrativos turísticos, além de fonte de renda para boa parte da população. Para tanto, o píer Licurgo Mazzoni desempenha um papel fundamental nessa atividade.

Da Redação
Publicado em 13/12/2018, às 13h02 - Atualizado em 26/08/2020, às 22h01

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Gustavo Mello
Gustavo Mello

Imagem acervo site

Uma tarde de sol, um isopor com lanches e bebidas, e boas risadas entre amigos. Falar alto é proibido porque espanta os peixes, mas, entre uma história e outra, o pescado morde o anzol e vai direto para o balde com gelo. O cenário é comum no píer Licurgo Mazzoni, reformado há dois anos. Um reduto de sossego, muito procurado por turistas, às margens do Canal de Bertioga.

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 Ambulante em São Paulo, Pedro Bonifácio tem uma casa no bairro Vista Linda e, sempre que possível, foge da correria da capital para pescar no píer. “Frequento Bertioga há 15 anos e, sempre que posso, faço minha pescaria. Hoje, o mar não está para peixe, mas pelo menos já garanti três paratis”, conta ele que, desta vez, deixou a família em São Paulo e veio sozinho para o litoral. 

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Assim como Bonifácio, outros pescadores também optam pela pesca por diversão. Yasu Hiro Wakamatsu é morador de Mogi das Cruzes e, desde a década de 70, vem para Bertioga com a família. Yasu diz:  “A cidade está ficando muito bonita e, com a reforma do canal, vai ficar mais ainda. A pesca para mim é um hobby e caminhar pela cidade é tão gostoso quanto pescar.” 

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Nascido em Cananeia, mas morador de Bertioga há 17 anos, João do Espírito Santo é o atual presidente da Colônia dos Pescadores Z-23. “Minha vontade é devolver a Bertioga a recepção que eu tive. Os pescadores daqui precisam de um cais de embarque e desembarque de pescado, de uma fábrica de gelo e de um estaleiro para manutenção dos barcos, e é isso que queremos providenciar em parceria com a prefeitura”, explica.

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João deixou a pesca de lado no início dos anos 90 para pilotar as lanchas de turistas, que vinham para pescar em Bertioga. “Minha aposta foi a pesca amadora, por conta da crise do final do governo Collor, fato que desvalorizou o pescado. Quando cheguei aqui, fiquei durante dois anos morando dentro de um barco. Foi uma experiência diferente, que me ajudou muito na estrutura que mantenho hoje”, conta.

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De acordo com o presidente, a Colônia dos Pescadores Z-23, fundada em 1923, conta atualmente com 350 pescadores associados, sendo 200 bertioguenses e 150 da região de Mogi das Cruzes. Os principais pescados da cidade são camarão 7 barbas, corvina, cação e pescada. Anualmente, no mês de agosto, a entidade realiza a tradicional Festa do Camarão na Moranga. Para mais informações: (13) 3317 678.  

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