MARCO NO FUTEBOL

Azul que marcou os gramados: o brilho do São Caetano nos anos 2000

O São Caetano que deixa saudade no coração dos torcedores

Da redação
Publicado em 31/05/2023, às 11h42 - Atualizado às 13h08

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A tão sonhada taça da Libertadores Taça da Libertadores - Reprodução/Unsplash
A tão sonhada taça da Libertadores Taça da Libertadores - Reprodução/Unsplash

Geralmente, os clubes de futebol do interior do Brasil não possuem muitas chances quando disputam os títulos nacionais. As equipes mais tradicionais têm mais condições de obter patrocínios, fazer boas contratações e, portanto, montar times melhores, não sendo possível para as equipes do interior uma competição igualitária com os maiores times do país.

Entretanto, a Associação Desportiva São Caetano conseguiu quebrar este paradigma. Uma equipe que teve uma ascensão meteórica. Despontou na Copa João Havelange ao desbancar grandes clubes do futebol brasileiro. Este foi o São Caetano dos anos 2000, do técnico Jair Picerni e do ótimo centroavante Adhemar.

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Apesar de não ter conseguido vencer os campeonatos grandes que disputou, o São Caetano viveu dias de time grande e era temido ou respeitado por todas as outras equipes do Brasil. Um feito histórico, que nos mostra que apesar dos grandes holofotes estarem voltados para equipes ricas, que conseguem patrocínios de empresas internacionais como a de apostas ao vivo na Sportingbet ou outras de varejo e bancos, existe a possibilidade de aparecer qualidade também longe dos grandes investimentos.

O início da caminhada histórica

Nos anos 2000, a CBF passava por maus bocados. A federação foi proibida judicialmente de organizar o campeonato nacional durante aquele ano. A incumbência de realizar o torneio foi passada ao Clube dos 13, uma liga formada pelos dirigentes dos clubes mais tradicionais do Brasil.

Os moldes da nova competição seriam totalmente diferentes das edições anteriores. A Copa João Havelange (nome dado em referência ao dirigente brasileiro) reuniu ao todo 116 clubes de três divisões com quatro módulos (Azul, Amarelo, Verde e Branco) na primeira fase.

Foi neste contexto meio caótico que o São Caetano despontaria como a mais nova potência do futebol nacional. A equipe conseguiu o acesso ao mata-mata da copa. O primeiro desafio do Azulão foi enfrentar o Fluminense. No jogo de ida, realizado em São Paulo, o placar foi de 3x3. Na partida de volta, o São Caetano venceu por 1x0 e calou um Maracanã lotado por 70 mil tricolores.

O filme se repetiu contra Palmeiras e Grêmio nas fases seguintes. Era algo simplesmente estarrecedor assistir a uma equipe desconhecida, até então, eliminar 3 times gigantes do Brasil. Entretanto, a final contra o Vasco não teve o desfecho que os contos de fada merecem. O cruzmaltino acabou vencendo a decisão por 4x1 no placar agregado.

O final ruim de 2000 também se repetiu em 2001 quando o Azulão, mais uma vez, derrubou muitos gigantes, mas a campanha histórica, assim como no ano anterior, acabou sem um título porque a equipe foi superada pelo ótimo time do Atlético Paranaense na final.

A Libertadores de 2002

A tão sonhada taça da Libertadores Taça da Libertadores (Reprodução/Unsplash)

Ter chegado a disputar um título nacional por duas vezes seguidas e quase ter vencido, já seria um grande feito na história do São Caetano. Porém, a equipe do interior de São Paulo não se contentou só em marcar época no futebol nacional. O Azulão também conseguiu fazer uma excelente campanha em um dos torneios continentais mais difíceis do mundo.

Em um grupo com Cobreloa, Cerro Porteño e Alianza Lima, o esquadrão comandado pelo técnico Jair Picerni terminou em primeiro lugar, fazendo 12 pontos. Foi a quarta melhor campanha daquela edição da Libertadores. Nas fases finais, o São Caetano enfrentou um dos maiores campeões da América: o Peñarol do Uruguai. Após uma derrota no primeiro jogo, a equipe brasileira conseguiu reverter o placar e saiu classificada nas cobranças de pênalti.

O adversário da semifinal foi o América do México. Mais uma vez, o Azulão não se intimidou. Venceu o primeiro jogo por 2x0 e segurou o empate em 1x1 dentro do estádio Azteca lotado. A  Associação Desportiva São Caetano chegava, assim, à primeira final de Libertadores de sua história.

Na final, a equipe enfrentou o Olimpia do Paraguai e saiu na frente no primeiro confronto, vencendo por 1x0 e ficando muito perto de vencer a Libertadores da América. O jogo de volta foi no Pacaembu, que estava abarrotado de torcedores vestindo azul, contudo o resultado não foi o esperado. O São Caetano acabou derrotado nos pênaltis e o título ficou com os paraguaios.

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Os títulos não vieram, mas o time do São Caetano dos anos 2000 está no imaginário de todos os torcedores de futebol, principalmente daqueles que assistiram assiduamente aos jogos e torceram pelo Azulão. Hoje, o momento do São Caetano é bem diferente e a equipe disputa a Série A3 do Campeonato Paulista e tenta se repaginar para alcançar os dias de glória.

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