CANOA HAVAIANA

Odoyá brilha na 16ª Volta à Ilha de Santo Amaro

Equipe de mulheres canoístas conquistou a vitória e bateu o recorde da prova com 7h11

Marina Aguiar
Publicado em 02/04/2019, às 14h45 - Atualizado em 24/08/2020, às 05h17

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Equipe Odoya bateu o recorde com conclusão da prova em 7h11m - Divulgação
Equipe Odoya bateu o recorde com conclusão da prova em 7h11m - Divulgação

A 16ª Volta à Ilha de Santo Amaro foi mais do que um desafio para as nove mulheres da equipe Odoyá. Moradoras das mais diversas cidades, as canoístas formaram um time forte, focado em vencer e ainda bater o recorde da prova de canoa havaiana considerada a mais longa do mundo, conforme explica a líder Luciana Furlan: "Uma das integrantes, a Monica, de São Vicente, foi uma grande inspiração. Ela falou 'Vamos bater esse recorde' e foi o que fizemos", comemorou a engenheira mecânica industrial de São José dos Campos.

A Odoyá é uma equipe de São José dos Campos e suas integrantes costumam treinar no lado Espelho D'Água, na cidade, ou na represa Jaguari, em Jacareí. "Mas às vezes remamos em Bertioga, daí conhecemos outras canoístas e as convidamos para o time", disse Luciana.

Convidada para integrar a equipe Odoya, a educadora física Priscila Sanches competiu com a perspectiva de quem conhece o percurso de olhos fechados. "Essa prova foi incrível, é uma prova de superação e garra, em um lugar maravilhoso. Durante a prova deu tudo certo, nenhum imprevisto, fizemos muita força com foco no primeiro lugar e de bater o recorde da categoria feminina e conseguimos".

A atleta foi criada na Prainha Branca, em Guarujá, ao lado do Canal de Bertioga (um dos cenários da prova) e começou a remar aos 21 anos. Hoje, aos 25 anos, Priscila acumula vitórias em diversos esportes, como corrida, biathlon e natação; além da canoa havaiana - só na Volta a Ilha de Santo Amaro foram três participações e três pódios.

A equipe, formada por atletas de diversas equipes, manteve a liderança desde o princípio e concluiu a prova de 75 km em 7 horas e 11 minutos, 38 minutos à frente da segunda colocada: a equipe Smiles Mauna Loa, de Niterói, no Rio de Janeiro. "Nós fomos preparadas para enfrentar a Mauna Loa e o nosso apoio ajudou muito. Tivemos a ajuda da Patrícia Murayama e do Gabriel Aun, que são de Bertioga e conhecem o caminho muito bem. Nos observaram e percebemos que temos um ponto a melhorar: o tempo de troca de integrantes", disse.

A equipe

A Odoyá leva este nome devido à proximidade de suas integrantes com o mar. A palavra é uma saudação à Mãe das Águas: Iemanjá. Entre as integrantes fixas da equipe estão Luciana Furlan e Claudia Delcorto, de São José dos Campos. As convidadas foram Priscila Sanches e Giseli Inácio, de Bertioga ; Aline Abad, de São Sebastião; Monica Pasco, de São Vicente; Gabi Latine, de Niterói/RJ; Marise Cavalcanti, de Vitória/ES; e Vanessa Soares, de Brasília/DF.

A fundadora do grupo, Luciana, explica que a paixão pelo esporte surgiu em 2014, quando começou a ter aula de stand up paddle. "Nosso professor e grande incentivador, o Rafael Leão (integrante da equipe Samu) nos inscreveu em uma competição de canoa havaiana em Peruíbe, na época, e conseguimos o 2º lugar. Em 2015, montamos uma equipe e não paramos mais", explicou. A Odoyá tem patrocínio da Construtora Terra Simão e da prefeitura de São José dos Campos

A prova

Organizada pela Canoa Brasil e Opium Hightec Line, a 16ª Volta à Ilha de Santo Amaro é realizada há 15 anos e considerada prova de canoa havaiana mais longa do mundo. Idealizada por Fábio Paiva, a competição reúne nove remadores em equipes masculinas, femininas ou mistas, com o objetivo de dar a volta na ilha localizada na cidade de Guarujá, passando pelas cidades de Santos, Guarujá e Bertioga.

Neste ano, a prova teve largada e chegada na praia da Aparecida, em Santos, e obteve recorde de inscritos. Foram 38 equipes e 700 pessoas envolvidas, sendo 342 competidores. 

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