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Manifestação enorme repudia instalação de pedágios na Mogi-Bertioga e Mogi-Dutra

Movimento Pedágio Não estima que cerca de 1,2 mil veículos ocuparam duas faixas da rodovia Mogi-Dutra por duas horas no sábado, 22

da Redação
Publicado em 23/05/2021, às 12h23 - Atualizado às 12h43

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Reprodução/ Movimento Pedágio Não
Reprodução/ Movimento Pedágio Não

Pelo segundo final de semana seguido milhares de veículos entre carros, motos e caminhões fizeram pressão contra a instalação de praças de pedágios nas rodovias Mogi-Bertioga e Mogi-Dutra. O protesto de sábado, 22, segundo os organizadores, reuniu em torno de 1,2 mil veículos. Eles ocuparam duas faixas da Mogi-Dutra em duas horas de carreata.   

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O protesto, que contou com a participação do prefeito Caio Cunha (Pode), vereadores e lideranças sindicais, é considerado um dos maiores contra a proposta e os manifestantes ressaltaram o direito de ir e vir nesse que foi o terceiro ato contra a medida. A manifestação organizada pelo Movimento Pedágio Não só não foi ainda maior devido à forte chuva, que atingiu a região.

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O chamamento à iniciativa privada para o chamado ‘Lote Litoral’, que prevê a concessão de uma série de rodovias entre o Alto Tietê e o Vale do Ribeira passando também por cidades da Baixada Santista foi publicado no último dia 14 no Diário Oficial do Estado – DOE. Clique aqui e relembre conforme noticiado pelo Portal Costa Norte.

Com faixas e palavras de ordem os manifestantes ressaltaram o dinheiro público empregado na construção das rodovias, como explicou Paulo Boccuzzi, um dos líderes do movimento. "São horas que gastamos em favor da cidade e dos nossos direitos. Melhor sair agora do que chorar nós próximos 30 anos", disse.

O presidente do Sindicato dos Trabalhadores do Comércio de Mogi, Jair Mafra também se uniu à carreata. “A expectativa para barrarmos o pedágio é positiva porque estamos vendo união de toda a população. Não estamos vendo benefício algum. É um oportunismo muito grande. Estamos juntos até o final”

Outros atos são previstos inclusive na Assembléia Legislativa do Estado – Alesp;

Pedido de informações e esclarecimentos

Um dia antes do protesto, o Tribunal de Contas Estadual – TCE/SP informou prazo de 48 horas para a Artesp fornecer informações e esclarecimentos sobre a concorrência internacional da concessão, onde os pedágios estão previstos. O pedido foi feito pela prefeitura de Mogi, que alegou “vícios substanciosos”.

O que diz a Artesp

Por meio de nota a Agência de Transporte do Estado – Artesp e a Subsecretaria de Parcerias informaram que a estruturação do projeto de concessão de serviços públicos das Rodovias do Lote Litoral Paulista contou com ampla participação de vários entes da sociedade, incluindo lideranças políticas e a própria comunidade. A nota ainda destaca quatro Audiências Públicas e uma Consulta Pública estendidas ao longo de um mês e que estes trabalhos reuniram 421 contribuições ao projeto, das quais mais de 60% foram recepcionadas.

"Em relação às demandas populares relacionadas a investimentos, 43 delas foram consideradas. A concessão reúne dezenas de intervenções na região de Mogi das Cruzes, especialmente nas rodovias estaduais que cruzam o território, que receberão aporte de R$ 230 milhões. O objetivo é melhorar a segurança e a fluidez das vias, ampliando a capacidade de tráfego na região e o conforto aos usuários.

As obras incluem duplicações, pavimentações, construção de faixas adicionais, implantação de viadutos e interconexões, novas passarelas e rampas de escape, adequação de pontos de ônibus, novos pontos de iluminação pública, entre outras.

Mais que isso, por se tratar de concessão de serviços públicos, o projeto não compreende apenas a realização de obras, sendo de fundamental importância destacar a constante manutenção de todo o viário e sua faixa de domínio, além da prestação de serviços essenciais e contínuos, 24h por dia, ao longo de toda a concessão, entre eles: o monitoramento em vídeo de toda a rodovia e rede wi-fi em 100% do trecho, assim como o atendimento pré-hospitalar em até 15 minutos, resgate a veículos com problemas mecânicos, viaturas de combate a incêndio e inspeção de tráfego constante. Vale ressaltar que não haverá pedágio em viário municipal, uma vez que o pedagiamento acontece apenas nas rodovias estaduais. O diálogo seguirá sendo elemento fundamental para a implantação do projeto, que levará desenvolvimento e oportunidades para a região."

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