TRANSTORNO

Obras na Rio-Santos prejudicam rotina de motoristas no litoral norte de SP

DER afirma que objetivo é a conservação da via e conclusão está prevista para 2025; motoristas reclamam dos constantes congestionamentos

Rebeca Freitas
Publicado em 29/01/2024, às 09h56 - Atualizado às 11h27

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DER afirma que faz o possível para conter os impactos no tráfego - Prefeitura de Caraguatatuba
DER afirma que faz o possível para conter os impactos no tráfego - Prefeitura de Caraguatatuba

O fundador do Açaí Mix JCR, Carlos Eduardo Tillvitz, é de Caraguatatuba e utiliza a rodovia Rio-Santos (SP-055) com frequência, para fazer entregas em Guarujá e Bertioga. Ele é um dos muitos motoristas que se dizem prejudicados por causa das obras que ocorrem no trecho entre os quilômetros 53 e 112 da via. “Tenho empresa que faz distribuição na região, semana passada, não conseguimos transitar, travou tudo na região”, lamenta.

Carlos Eduardo relata que o trânsito está caótico dentro da própria cidade: "Na segunda-feira passada, devido às obras na região do porto novo, o trajeto da praia da Enseada até o centro de Caraguatatuba, que tem cerca 20km de extensão, estava levando aproximadamente 1h30. Na terça-feira, devido a um rompimento de duto causado pelas obras, chegamos a ficar parados no trecho por cerca de 4 horas. E para completar, com as chuvas na semana passada, acabei levando 5 horas para descer a serra, desde o primeiro pedágio até o Shibata", expõe.

O Departamento de Estradas de Rodagem (DER) começou, em setembro de 2023, as obras de conservação entre os quilômetros 53 e 112 da Rio-Santos, algo não executado desde 2014. As intervenções incluem limpeza, substituição do pavimento, recuperação do sistema de drenagem e aplicação de nova camada de asfalto, além da revitalização da sinalização. Porém, as obras têm represado veículos na região e gerado altos níveis de congestionamento na altura de Caraguatatuba. 

Ao Portal Costa Norte, o DER afirmou que a previsão é que as obras se encerrem até o primeiro semestre de 2025, e que foram investidos R$ 86 milhões na restauração do trecho. O gerente de tecnologia, Fabricio Bedaque, também reclama do congestionamento. “Um trecho de 9km que, antes, eu fazia em menos de 10 minutos, agora está demorando pelo menos quatro vezes mais”, relata. O profissional viaja muito a trabalho e mostra o transtorno nas imagens: 

O agente funerário Eduardo Campos se queixa: “Quando as equipes do DER ficam sinalizando, ajuda bastante, mas, hoje [29], parece que eles já não estavam mais lá. Têm dias que a gente leva mais de 1h para andar 2km; está bem complicado”, finaliza. 

O DER afirma que está fazendo o possível para conter os impactos no tráfego. “O DER busca realizar as obras entre 9h e 17h, fora dos horários de pico, e suspendeu os serviços nos feriados de Natal e Ano Novo, e irá repetir a prática no Carnaval. Para segurança dos usuários, os trechos em obras possuem sinalização apropriada, com tráfego em sistema pare e siga e desvios de veículos”. 

Rebeca Freitas

Rebeca Freitas

Formada pelo Centro Universitário Adventista de São Paulo (Unasp)

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