TRABALHO E EMPREGO

43% dos trabalhadores brasileiros se consideram sobrecarregados, aponta pesquisa

Levantamento mediu bem-estar nas empresas. Três em cada quatro trabalhadores também alegam que benefícios atuais não são suficientes para a manutenção da sua saúde mental

Da redação
Publicado em 10/06/2022, às 16h17 - Atualizado às 16h39

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PAT de Praia Grande está situado na Avenida Ayrton Senna da Silva, nº 1.511, bairro Xixová Carteira de Trabalhador Mão negra segurando carteira de trabalho azul - Reprodução
PAT de Praia Grande está situado na Avenida Ayrton Senna da Silva, nº 1.511, bairro Xixová Carteira de Trabalhador Mão negra segurando carteira de trabalho azul - Reprodução

Uma pesquisa divulgada hoje (10) pela FGV aponta que 43% dos trabalhadores se dizem sobrecarregados no trabalho. O levantamento, sobre questões relacionadas a benefícios, cultura e bem-estar nas empresas, foi realizado pelo professor Paul Ferreira, vice-diretor do Núcleo de Estudos em Organizações e Pessoas (NEOP) da Fundação.

Outros impactos negativos para a saúde mental dos trabalhadores foram apontados na pesquisa:

- Sentir que precisa estar disponível o tempo todo (30%);

- falta de reconhecimento (30%);

- falta de empatia/apoio na liderança direta (27%);

- sentir dificuldade de ter desempenho em sua plena capacidade de trabalho (22%);

- falta de comunicação com a liderança direta (17%);

- ter que lidar com as responsabilidades do cuidado com a casa durante a pandemia (15%);

- e falta de flexibilidade na jornada de trabalho (12%).

Outro dado da pesquisa aponta que, para mais de 75% das pessoas respondentes, os benefícios atuais não são suficientes, ou apenas parcialmente, para a manutenção da sua saúde mental. Quatro principais fatores de impacto negativo estão relacionados a formas de gestão e lideranças.

Perguntados sobre quais e quantas estratégias eles utilizaram quando receberam algum diagnóstico de saúde mental, 82% dos trabalhadores responderam terapia. Mudar de emprego também foi apontado por 32%. Redução das horas de trabalho, por 24%, e até o pedido de demissão, mesmo sem ter trabalho novo, por 21%.

Metodologia

A pesquisa foi realizada em janeiro deste ano, com 572 brasileiros, sendo que 90% deles estão trabalhando atualmente. Dos participantes, 55% são do sexo masculino, 44% feminino e 1% outros. No recorte de gerações, 49% são Millennials, 34% da geração Y, 10% da geração Z e 7% são Baby Boomers.

Em relação ao regime atual de trabalho, 50% estão trabalhando de forma híbrida, 28% estão exclusivamente de forma remota e 22% estão totalmente de forma presencial.

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