GREVE NACIONAL

Correios rejeitam proposta do TST e greve é mantida

Após sete dias de paralisação, funcionários e empresa ainda não entraram em acordo

Da redação
Publicado em 28/08/2020, às 08h59 - Atualizado às 09h57

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Arquivo/Albari Rosa/Gazeta do Povo
Arquivo/Albari Rosa/Gazeta do Povo

Os Correios rejeitaram a proposta de conciliação com os trabalhadores apresentada pelo Tribunal Superior do Trabalho (TST) na noite de quinta-feira, 27, e a greve continua. De acordo com informações, a rejeição ocorre mesmo com a categoria deixando de solicitar o aumento salarial, inclusive dos benefícios, e a direção da estatal negou-se a manter o atual Acordo Coletivo de Trabalho (ACT) por mais um ano, conforme pleiteado.

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As principais reivindicações são por mais cuidados com a saúde dos trabalhadores da categoria durante a pandemia e contra a privatização da estatal. De acordo com a federação, eles também pedem que direito trabalhistas sejam garantidos. Em julho, os sindicatos tentaram dialogar com a direção dos correios sobre os pedidos, mas não houve acordo. Em agosto, foram surpreendidos com a revogação do atual acordo coletivo, que estaria em vigência até 2021.

A federação alega que foram retiradas 70 cláusulas com direitos, como 30% do adicional de risco, vale-alimentação, licença-maternidade de 180 dias, auxílio-creche, indenização por morte e auxílio para filhos com necessidades especiais, além de pagamentos como adicional noturno e horas extras.

CORREIOS

A empresa, por meio de nota, afirmou que desde o início da negociação do ACT 2020/2021, têm sido transparentes sobre a sua situação econômico-financeira, agravada pela crise mundial causada pela pandemia de Covid-19. "Conforme já amplamente divulgado, a empresa não tem mais como suportar as altas despesas, o que significa, dentre outras ações que já estão em andamento, discutir benefícios que foram concedidos em outros momentos e que não condizem com a realidade atual de mercado, assegurando todos os direitos dos empregados previstos na legislação".

Os Correios ainda afirmaram que a paralisação parcial em curso somente agrava esta situação. "A intransigência das entidades representativas, que tornaram a greve uma prática quase anual, está prejudicando não só o funcionamento da empresa, mas, essencialmente, a população brasileira".

"Diante dessa situação, amplamente exposta nos últimos meses, a empresa aguarda o julgamento do Dissídio de Greve pelo Tribunal Superior do Trabalho para por fim ao impasse. Vale ressaltar que os Correios têm preservado empregos, salários e todos os direitos previstos na CLT, bem como outros benefícios do seu efetivo".

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