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Em entrevista ao "Estadão", Sarrubbo afasta possibilidade de ruptura no país

MPSP
Publicado em 06/08/2021, às 14h45 - Atualizado às 14h47

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Reprodução - Reprodução
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Em entrevista publicada nesta sexta-feira (6/8) no jornal "O Estado de S.Paulo", um dos veículos de comunicação mais influentes do país, o procurador-geral de Justiça, Mario Sarrubbo, afastou qualquer possibilidade de ruptura institucional. "Na segunda, o Ministério Público lançou nota ressaltando a importância do sistema democrático e das instituições. Eu sou entusiasta das instituições. Creio que elas não faltarão ao país e não haverá ruptura. Confio no Congresso Nacional, no Supremo, nas Forças Armadas, nas polícias e no Ministério Público. O Brasil chegará às próximas eleições, o sistema garantirá, não obstante a existência de algumas falas que nós consideramos que não deveriam acontecer", disse o PGJ.

Na conversa com o jornalista Felipe Resk, ele analisou a queda dos índices de letalidade policial no primeiro semestre deste ano. "Embora o contexto nacional seja outro, de incentivo à violência, a PM de São Paulo está fazendo uma série de trabalhos internos para conter a letalidade. É a maior instituição policial do Brasil, com cerca de 80 mil homens, então veja a dificuldade de construir isso. O Ministério Público também faz trabalho envolvendo redes de proteção, identifica focos de violência, leva casos para a polícia e designa promotores para acompanhar eventuais abusos. Tudo isso, em algum momento, tem de refletir nos números. A nossa perspectiva é que seja uma queda sustentada. Com as câmeras corporais agora, deve melhorar mais".

Outro tema da entrevista foi o racismo estrutural, que, na visão de Sarrubbo, persiste no Brasil. "O que vou falar é chover no molhado: o racismo estrutural é grave, remonta à escravidão, a população negra foi simplesmente jogada, sem direito a nada", declarou. "Até hoje, nenhum governo - de esquerda, direita ou centro - conseguiu superar o problema".

Fonte: MPSP

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