MEIO AMBIENTE

Grupo de pinguins-de-magalhães é solto na Laje de Santos

Instituto Gremar realizou a soltura na sexta-feira, 13

Da redação
Publicado em 14/11/2020, às 16h07 - Atualizado às 18h35

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Divulgação/Gremar
Divulgação/Gremar

Um grupo de 19 pinguins-de-magalhães (Spheniscus magellanicus), foi solto pelo Instituto Gremar na sexta-feira, 13, no Parque Estadual Marinho da Laje de Santos. A iniciativa é resultante do Projeto de Monitoramento de Praias da Bacia de Santos (PMP-BS), cujos resgates ocorreram entre os meses de junho e agosto deste ano nas praias do litoral paulista.

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Das 19 aves reintegradas, 13 foram reabilitadas pela equipe do Gremar no Centro de Reabilitação e Despetrolização de Animais Marinhos do Guarujá (SP), em sua maioria com lesões mais severas ou em estado clínico debilitado, tendo passado antes pela Unidade de Estabilização de Praia Grande (SP); e outras seis reabilitadas pelo IPeC (Instituto de Pesquisas Cananéia).

Ao longo da recuperação, os pinguins também puderam aprimorar a natação, a capacidade de pescar o próprio alimento e o preening (estabilização das penas), por meio de sessões diárias.

Em alguns casos - como o de um pinguim que apresentava uma fratura consolidada na coluna, mas não conseguia andar - ainda foram submetidos à acupuntura e terapia neural. Felizmente, todos responderam positivamente aos respectivos tratamentos.

O Gremar destacou que a soltura em conjunto é muito importante para a espécie, pois quanto maior o número de indivíduos saudáveis, maior é a chance de sobrevivência do bando.

Temporada de resgates

A chegada do inverno no Hemisfério Sul representa o início do período migratório da espécie. Os pinguins partem das colônias que habitam na Argentina, Chile e Ilhas Malvina rumo à costa brasileira, em busca de alimento. O longo trajeto, a influência das correntes marinhas e o eventual impacto de ações antrópicas costumam aumentar o número de encalhes em nosso litoral.

Gremar

Somente o Instituto Gremar realizou o resgate de 130 pinguins vivos desde o dia 20 de junho deste ano, nas praias de Santos, São Vicente, Guarujá e Bertioga. Destes, uma primeira leva, de 31 aves, retornou ao mar no dia 11 de setembro; outros vieram a óbito durante o processo de reabilitação; e ainda existem alguns em tratamento, que provavelmente voltarão ao mar na última soltura do ano.

O Projeto de Monitoramento de Praias da Bacia de Santos, o qual a entidade faz parte, é uma atividade desenvolvida para o atendimento de condicionante do licenciamento ambiental federal das atividades da Petrobras de produção e escoamento de petróleo e gás natural na Bacia de Santos, conduzido pelo Ibama.

O projeto tem como objetivo avaliar os possíveis impactos das atividades de produção e escoamento de petróleo sobre as aves, tartarugas e mamíferos marinhos, por meio do monitoramento das praias e do atendimento veterinário aos animais vivos e necropsia dos animais encontrados mortos. O projeto é realizado desde Laguna/SC até Saquarema/RJ, sendo dividido em 15 trechos. O Gremar monitora o Trecho 9, compreendido entre São Vicente e Bertioga.

Para acionar o serviço de resgate de mamíferos, tartarugas e aves marinhas, vivos debilitados ou mortos, entre em contato pelos telefones 0800 642 3341 ou (13) 99711 4120.

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