Índia libera vacina de Oxford para Brasil

Declaração do secretário de Relações Exteriores da Índia, Harsh Vardhan Shringla, à agência Reuters, nesta quinta-feira, 21, deu alívio ao governo federal. A afirmação é de que finalmente foi liberado para o Brasil a exportação comercial das doses do imunizante contra o coronavírus (covid-19), desenvolvido pela Universidade de Oxford, com a farmacêutica AstraZeneca, e fabricadas no Instituto Serum, da Índia, maior produtor de vacinas do mundo. As primeiras remessas de doses devem ser enviadas para o Brasil e Marrocos nesta sexta-feira, 22.

O Brasil aguarda, também, o envio atrasado de insumos da China para produzir vacinas no país. A matéria-prima é necessária para a produção das vacinas da Fiocruz e do Instituto Butatan. O atraso fez com que a Fiocruz adiasse de fevereiro para março a previsão das primeiras doses da vacina Oxford/AstraZeneca a serem produzidas no Brasil, o que deve dificultar a execução do Plano Nacional de Imunização (PNI) contra a covid-19.

Na quarta-feira, 20, o Butantan divulgou já ter praticamente esgotado a quantidade de insumos para fabricar a vacina Coronavac no Brasil. O órgão ligado ao governo paulista distribuiu o 1º lote, com 6 milhões de doses, para o início da imunização no país. Além dessa quantidade ainda tem condições de entregar mais 4,8 milhões de unidades. Depois, depende da matéria-prima chinesa para garantir novas remessas e a imunização da população. 

No domingo, 17, a Anvisa (Agência Nacional de Vigilância Sanitária) aprovou o uso emergencial das vacinas Coronavac, do Instituto Butatan, e da Oxford, com a farmacêutica AstraZeneca, da Fiocruz. Esta última é defendida pelo presidente Jair Bolsonaro