Mudanças no Santos para 2019

Com a decisão do presidente José Carlos Peres de acabar com as atividades do time B, a partir de 2019, o Santos terá de encontrar clube para ao menos 20 jogadores com idades acima dos 20 anos

Paulo Alberto
Publicado em 26/10/2018, às 07h10 - Atualizado em 24/08/2020, às 04h12

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Reprodução / Internet
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O Santos não quer perder o lateral-esquerdo Dodô para a temporada de 2019. Titular desde que chegou ao clube, o jogador de 26 anos pertence à Sampdoria, da Itália, e está emprestado ao Peixe até o final do ano com preço de compra fixado em 1,5 milhão de euros, aproximadamente, 6,4 milhões de reais. O maior problema na contratação de Dodô está na questão salarial: o Santos paga apenas 20% dos salários que o lateral recebe na Itália e ele teria que diminuir muito a pedida para se adequar à realidade brasileira e ao teto santista. O valor é considerado baixo e o Santos já tem a quantia reservada para exercer a compra, ficando com 95% dos direitos federativos do atleta, com os 5% restantes permanecendo com o clube italiano.

Com a decisão do presidente José Carlos Peres de acabar com as atividades do time B, a partir de 2019, o Santos terá de encontrar clube para ao menos 20 jogadores com idades acima dos 20 anos e que têm contrato profissional em vigor com o Peixe. Alguns dos nomes são velhos conhecidos do torcedor, como o volante Calabres, que não se firmou na equipe profissional neste ano, e o atacante Diego Cardoso, um dos artilheiros do Campeonato Brasileiro de Aspirantes, mas também sem espaço entre os profissionais. Ao menos três jogadores ainda têm esperança de ficar no clube e integrar o elenco do técnico Cuca, para as competições de 2019: o lateral-esquerdo Emerson, o zagueiro Sabino e o volante Juliano.

O Santos está reformulando o Estatuto do clube com ajuda de um escritório, que fez os estatutos de clubes como São Paulo, Atlético Paranaense, Atlético Mineiro e Coritiba. O objetivo do processo é dar maior fluidez ao clube, deixando a “caneta na mão” do presidente para as despesas mais baixas, que correspondem a quase 80% do dia a dia do clube. O documento passou pela Comissão de Estatuto e precisará de aprovação no Conselho Deliberativo.

Entre as principais mudanças, um artigo apelidado de antigolpe. Nele, o vice-presidente, que antes não poderia ser reeleito como presidente, passa a ser elegível mesmo após dois mandatos como vice, prazo-limite para uma mesma gestão no Santos. Antes, não apenas o presidente, mas também o vice, ficava inelegível mesmo para outro cargo. Além disso, o antigo o Comitê de Gestão passará a ser chamado Comitê de Administração e a Diretoria Executiva, que hoje conta com quatro cadeiras, passará a ser prevista em Estatuto, o que não acontece hoje, e terá até seis cadeiras, sendo obrigatoriamente uma para o financeiro e outra para o futebol. Os executivos não poderão ter outro emprego, remunerado ou não, e um dos seis poderá até ser um CEO, um espécie de encarregado do presidente para comandar o clube.

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